Na última sexta-feira (8), quatro novas famílias receberam a habilitação no programa municipal Família Acolhedora. Elas cumpriram todas as exigências previstas pelo programa da prefeitura, lançado em março deste ano. A certificação foi realizada em cerimônia no Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas).
A modalidade possibilita o cuidado temporário de criança ou adolescente por uma outra família, que não seja a de origem ou extensa. Em Pinhais, a ação é executada por meio da Secretaria de Assistência Social (Semas), que seleciona, capacita e acompanha as famílias inscritas para receberem crianças e adolescentes com medida judicial de acolhimento, até que possam retornar para a sua família de origem ou extensa.
As famílias habilitadas no Serviço de Família Acolhedora (SFA) são acompanhadas por equipe técnica da Semas, composta por, no mínimo, um ou mais profissionais para cada uma das seguintes funções: coordenador, psicólogo, assistente social, pedagogo, educador social e servidor administrativo.
Na última certificação das famílias, uma bebê de apenas 31 dias de idade (completos em 13 de novembro de 2024) foi contemplada com o acolhimento da família da Simoni Azevedo, de 39 anos. “Conhecemos o programa através de uma familiar, que já é família acolhedora em Cascavel, e achamos muito interessante. Entendemos um pouco como funcionava com eles, depois soubemos do programa em Pinhais e nos inscrevemos para participar da segunda turma. Somos em três integrantes no núcleo familiar, eu, meu marido e nosso filho de 19 anos, todos bem empolgados com o acolhimento, em ajudar as crianças nesse momento que elas mais precisam”, comenta.
Simoni também explica como é o processo de acompanhamento da família acolhedora por parte das equipes da prefeitura. “Fizemos a formação com o pessoal do Serviço de Família Acolhedora, foi muito boa, nos esclareceu muita coisa, deixou a gente mais seguro quanto ao acolhimento. A gente fica bem à vontade com o apoio que eles nos dão, podemos entrar em contato a qualquer hora, para qualquer problema, e eles estão ali sempre junto com a gente nesse processo. Estão sendo bem legais esses primeiros dias, a gente teve que mudar toda a rotina da casa, já estávamos pré-dispostos a isso também, para atender a bebê, e estamos gostando do processo”, avalia.
A secretária de Assistência Social, Rosangela Batista, agradeceu a participação das famílias na iniciativa: “Quero dizer que a gente fica muito feliz em receber outras famílias. A gente tem lutado bastante, as equipes têm trabalhado muito para publicizar e levar a mais pessoas, que sejam sensibilizadas para fazer um parêntese na sua vida, porque não é fácil doar-se num período e que sabe que não terá aquela criança de maneira permanente, mas que tenha a disposição de cuidar por aquele tempo, e mudar a história dessa criança, desse adolescente.”
Para a prefeita Rosa Maria, trata-se de um programa transformador. “Todas as pessoas aqui presentes estão demonstrando um ato de muita coragem e de muito amor. É realmente o nascimento de laços de amor, para com aquelas crianças e adolescentes que estão precisando. Então eu fico imensamente feliz de constatar que as nossas equipes, para além da qualificação técnica, têm uma empatia, uma generosidade muito grande, para que se tenha um comprometimento a mais, além daquilo que está no roteiro. Entendemos o que significa esse projeto na vida de cada criança, que está aguardando essa mão que estende, esse braço que abraça”, finalizou.
Também esteve presente no evento Heron Luis Oliveti, representando a juíza Márcia Regina Hernandes de Lima, juíza de Direito do Foro Regional de Pinhais Vara da Infância e Juventude; a presidente do Conselho Tutelar de Pinhais, Rubia Madureira; e o representante do Consórcio Metropolitano de Serviços do Paraná (Comesp), Marcos Vinicius Cardoso da Silva.
Sobre o Serviço de Família Acolhedora
Ao contrário das instituições tradicionais, conhecidas popularmente como abrigos ou casas-lares, o SFA ocorre em lares de famílias devidamente cadastradas e preparadas para receber temporariamente crianças e adolescentes afastados de suas famílias naturais. Essa visão humanizada proporciona uma atenção personalizada, focada nas necessidades específicas de cada indivíduo. A iniciativa encontra respaldo na legislação vigente, como o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e a Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais.
O principal objetivo do programa municipal é implementar um modelo de acolhimento que promova a convivência familiar e comunitária. Além disso, visa garantir o acesso à rede de políticas públicas, buscando o retorno oportuno das crianças e adolescentes à sua família de origem, família extensa (segundo o ECA, uma ampliação da família natural, incluindo parentes próximos que mantêm estreita convivência afetiva com a criança ou adolescente) ou, quando necessário, a colocação em família substituta (aquela que acolhe crianças ou adolescentes na ausência da família natural, exigindo cuidados específicos conforme o Direito à Convivência Familiar do ECA).
O SFA tem como documentos norteadores o Projeto Político Pedagógico (PPP) e o Regimento Interno, que devem prever as ações que orientam as práticas profissionais em relação às famílias e crianças atendidas, considerando a formação e a atuação sistemática da equipe profissional que desempenha papel fundamental para o trabalho com as Famílias Acolhedoras, no sentido de garantir suporte para que elas estabeleçam vínculos capazes de garantir a proteção e a segurança dos acolhidos.
Saiba mais
Para saber mais informações sobre o serviço de Família Acolhedora, entre em contato, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h: acolhimento.familiar@pinhais.pr.gov.br, telefone (41) 99179 - 8834 e site: https://pinhais.atende.net/cidadao/pagina/familia-acolhedora. Rua 25 de Dezembro, 363, bairro Estância Pinhais.
FONTE: ASSESSORIA
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