Desde o início da semana, o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Pedro Lupion (PP-PR), participa da comitiva brasileira do agro, organizada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) na COP-29, Conferência das Nações Unidas Sobre as Mudanças Climáticas.
Junto a outros parlamentares da bancada, como os deputados Zé Vitor (PL-MG), Alceu Moreira (MDB-RS), Marússia Boldrin (MDB-GO), Arnaldo Jardim (Cidadania-SP) e Zé Silva (SD-MG), Lupion foi fazer a defesa do setor agropecuário e da produção sustentável brasileira. Além disso, junto à CNA, os deputados apresentaram detalhes sobre a Legislação Brasileira protetiva do meio ambiente, como o Código Florestal.
“É fundamental explicar que nossa lei é muito mais rígida que em outros continentes. Na Europa, só para pousio, os produtores deixam menos de 5%, e protestaram recentemente quando a União Europeia quis aumentar para 7%”, disse Lupion.
A comitiva brasileira aproveitou para fortalecer o discurso de que a Conferência trata de fortalecer o desenvolvimento dos países. “Isso em vários níveis: econômico, social, ambiental, e discutir o clima faz parte dessas agendas para o desenvolvimento. Por isso, é fundamental que o setor produtivo como um todo, inclusive o agro, estejam presentes para acompanhar as discussões”.
*Comitiva*
Durante a conferência, os deputados brasileiros da FPA e representantes da CNA e da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB) estiveram com parceiros comerciais, e detalharam o papel da agricultura brasileira sustentável. Debateram com representantes da Austrália, Nova Zelândia, China, e lideranças rurais da WFO (World Farmers Organisation, Organização Mundial dos Agricultores) que reúne 82 entidades de 55 países europeus, asiáticos, africanos, latinos e norte-americanos, inclusive EUA e Canadá.
“É uma agenda estratégica de fundamental importância coordenada pela CNA. Tivemos reuniões com institutos de financiamento e de meio-ambiente, think tanks, centros de pesquisa, fundos de investimentos, e até o banco de investimento europeu”.
Lupion ressalta ainda que, “além da troca de experiências, pudemos mostrar como os produtores rurais brasileiros geram oportunidade e renda de maneira sustentável, com preservação ambiental, já que o Código Florestal garante que, no mínimo, 20% da propriedade deve ser de vegetação nativa, chegando a 80% no bioma amazônico”
*COP 30*
Sobre a Amazônia, inclusive, o presidente da FPA se mostrou preocupado com os discursos do governo brasileiro no exterior. Ele teme que o setor agropecuário seja o “cardápio” na próxima Conferência do Clima, a COP 30, no Brasil, em 2025.
"O governo brasileiro só sai do país pra falar mal de nós, do Agro, principalmente a ministra do Meio Ambiente Marina Silva. Isso acontece todos os dias. O que a gente não pode deixar é chegar no ano que vem, na COP 30, com um discurso de que o agro é o responsável pelos malefícios do meio ambiente, problemas com Amazônia e questões do clima”, disse o parlamentar e completou:
“Meu sonho é chegar na COP 30 com pagamento por serviços ambientais, valorização do trabalho do produtor rural de preservação, sendo pago por ter excedente de área de reserva, além de mostrar ao mundo o volume e a capacidade que temos de triplicar nossa produção sem desmatamento ilegal. O produtor precisa ser respeitado e valorizado por ser o que mais preserva no mundo”, finalizou.
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