A Secretaria da Saúde do Paraná (Sesa) realizou nesta quinta-feira (19), em Jacarezinho, no Norte Pioneiro, uma capacitação de profissionais para aprofundar conhecimentos relacionados ao carrapato-estrela, espécie transmissora da febre maculosa. Técnicas de captura de carrapatos, sintomas e tratamento da doença foram alguns dos assuntos abordados no encontro.
De janeiro de 2023 a 15 de setembro de 2024, o Paraná teve 362 notificações e 14 casos de febre maculosa em humanos.
Ministrada pela 19ª Regional de Saúde de Jacarezinho, a capacitação teve como objetivo fortalecer o conhecimento sobre o assunto e prevenir óbitos pela doença. Participaram de técnicos da Vigilância Ambiental da secretaria estadual da Saúde, secretários municipais da região e profissionais da área dos 22 municípios de abrangência da regional.
“A formação é fundamental para a construção de uma rede permanente de conhecimento em saúde no Estado. Através desta formação, não só teremos uma capacidade de serviço mais forte, mas também profissionais mais qualificados, que podem responder às necessidades de forma eficiente”, disse a chefe da Divisão de Doenças Transmitidas por Vetores da Sesa, Emanuelle Gemim Pouzato.
A transmissão geralmente ocorre em áreas com vegetação, sombreada e próximo a rios e lagos, locais preferenciais para a presença deste tipo de carrapato, do gênero Amblioma. O carrapato-estrela é a forma adulta, mas suas formas imaturas, que são o micuim e vermelhinhos, também transmitem a doença.
TRANSMISSÃO E SINTOMAS – A transmissão da febre maculosa em seres humanos acontece por meio da picada do carrapato infectado, que adere à pele por um período de quatro a seis horas.
Normalmente, o carrapato-estrela é encontrado em regiões de mata, fixando-se em animais ou em humanos. Os sintomas são febre alta, dor no corpo, dor de cabeça, náuseas e vômito, dor muscular constante, manchas vermelhas na pele (começando nos pés e mãos). O diagnóstico é feito por exame de sangue.
A demora para identificar a doença pode provocar complicações graves, como hemorragia e comprometimento de múltiplos órgãos. Outras consequências são sequelas neurológicas, necroses e amputações, ou até a evolução para óbito.
A partir da suspeita da febre maculosa, o caso deve ser notificado às autoridades sanitárias e iniciado o tratamento com medicamentos disponíveis nos serviços de saúde.
No ano passado a Sesa publicou a Nota Técnica 10/2023 para orientar profissionais de saúde sobre a febre maculosa, principalmente quanto ao manejo da doença. A Secretaria segue em alerta, orientando os profissionais da saúde com atualizações e direcionamento para as ações de prevenção da doença.
Caso encontre um carrapato aderido à pele, siga os seguintes passos: ao remover um carrapato da pele use uma pinça e o remova cuidadosamente; trate o carrapato como se estivesse infectado, mergulhe em álcool e o entregue a uma unidade de saúde; limpe a área da picada com anti-séptico. Lave bem as mãos e procure atendimento médico caso surja algum sintoma.
FONTE: SESA
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