Rally Transparaná 2024 encerra edição histórica com chegada emocionante em Guaratuba

 

Após uma semana intensa cruzando o Paraná em um trajeto de mais de 2 mil quilômetros, os mais de 300 carros e motos que competiram na 30ª edição do Rally de Regularidade Transparaná concluíram o percurso neste sábado (17) em uma emocionante chegada na Praça dos Namorados, em Guaratuba. O roteiro contou com sete etapas ao longo de 155 municípios, o que faz do evento o maior rally de regularidade do mundo.

A iniciativa foi promovida pelo Jeep Club de Curitiba e contou com apoio do Governo do Estado por meio da Secretaria do Esporte e da Sanepar, além da Copel, Federação Paranaense de Automobilismo, Federação Paranaense de Motociclismo e Itaipu Binacional. A chegada em Guaratuba também integra a programação do Verão Maior Paraná no Litoral.

Sucesso desde a sua primeira edição, em 1994, o Rally Transparaná é um evento que desafia os competidores a cruzarem o Estado. Para atravessar as costas Oeste à Leste, os participantes passam por caminhos históricos percorridos antigamente por desbravadores, tropeiros, colonizadores, indígenas e jesuítas. Além da competição em si, o objetivo é reverenciar a história, as potencialidades econômicas, turísticas e agrícolas do Estado e dos municípios.

De acordo com o secretário estadual do Esporte, Hélio Wirbiski, o Governo do Estado pretende continuar apoiando esta e outras iniciativas similares pelos benefícios que ela traz para o Paraná.

“O Rally Transparaná movimenta as cidades por onde passa e fomenta a economia do Estado, por isso já estamos trabalhando em parceria com a organização para a próxima edição, talvez já internacional. Já temos mais 20 municípios interessados em serem sedes da competição, o que demonstra o sucesso do evento”, afirmou o secretário, que também coordena o Verão Maior Paraná.


REGULARIDADE – Diferentemente dos rallies de velocidade, onde o objetivo é completar o trajeto no menor tempo possível, o rally de regularidade exige que os participantes sigam uma rota pré-definida e mantenham uma velocidade constante. A navegação precisa ser precisa, utilizando-se de instrumentos como GPS, planilhas e bússolas.

“Elaboramos uma planilha que dita a velocidade em que eles devem estar em cada trecho da prova e cada competidor tem o posicionamento controlado por satélite. Ganha quem for mais preciso, e não necessariamente mais rápido”, explica a presidente do Jeep Clube Curitiba, Ana Carolina Weddernhoff, uma das organizadoras da prova.

“Ao longo destes 30 anos de Rally, formamos uma família que participa há muitos anos e neste ano ficamos felizes em ver novos pilotos que se juntaram e amigos antigos que também voltaram à categoria”, complementou Ana, referindo à grande adesão de participantes nesta edição.

As modalidades foram divididas de acordo com os veículos e a experiência dos competidores, com premiação diária para todas as categorias em cada cidade-sede.

Entre os carros, foram quatro categorias de acordo a experiência de cada dupla, formada por piloto e navegador: a Master, para os mais experientes do País; a Graduado, para aqueles já habituados às competições; a Turismo, para aqueles com pouca experiência; e a Light, que funciona como categoria de entrada para quem nunca participou de um rally de regularidade.

Para as motos, em que os pilotos competem sozinhos, foram três categorias: Elite, específica para os profissionais, Max Big Trail e Big Trail, para intermediários e iniciantes, respectivamente.

Segundo Amauri Cabrini, que atuou na organização como “Piloto 0”, cuja função é abrir as provas para os demais participantes, as adversidades que são comuns neste tipo de evento também ajudam a tornar a experiência dos competidores mais marcante.

“Pegamos dias com calor de 38 graus, dias de chuva, muita areia e barro. Tem dias que dá vontade de abandonar, mas todos que participaram gostaram muito da prova e hoje fechamos com chave de ouro essa edição marcante de 30 anos, que depois de alguns anos voltou a ser concluída no Litoral do Estado”, avaliou.

LONGO CAMINHO – Tudo começou no dia 11 de fevereiro, quando os competidores partiram do Parque das Marinas, em Guaíra, na divisa com o Paraguai. No total, foram sete etapas, com pontos de saída e chegada em Guaíra, Umuarama, Apucarana, Guarapuava, Castro, Curitiba e Guaratuba.

O evento também buscou promover ações solidárias e socioambientais por onde passou. Houve distribuição de cestas básicas e kits de higiene pessoal para mulheres em situação de vulnerabilidade social. Sementes de árvores nativas foram lançadas ao longo da trilha, enquanto alunos da Apae foram convidados a conhecer os veículos de perto.

REPRESENTATIVIDADE – Rosa Cecília Freitag foi uma das competidoras entre as motos e espera que a sua participação e de outras competidoras incentive mais mulheres a ingressarem no rally.

“A categoria feminina é nova, então é bem gratificante conseguir concluir. Tenho amigas que não puderam vir, mas espero que ano que vem mais mulheres venham”, comentou Rosa, que já garantiu que estará presente na próxima edição. “Eu gosto de Carnaval, mas a melhor maneira de passar ele é fazendo o Rally Transparaná”.

FESTA FAMILIAR – Assim como ocorreu nas outras etapas, Guaratuba também contou com mais uma edição do Festival da Família. O evento começou às 10h e envolveu diversas atividades de recreação e lazer, incluindo praça de alimentação, apresentações musicais com as bandas Blended Bloon e Denorex 80, além de um balão do Verão Maior Paraná.

Houve ainda uma grande programação esportiva para o público e familiares dos competidores, incluindo jogos de mini vôlei, mini futebol, futmesa, badminton e beach tennis. Os esportes contaram com o acompanhamento de acadêmicos e profissionais de educação física.

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