O Instituto Água e Terra (IAT) entregou nesta quarta-feira (20) as obras do parque urbano Mário Bonacin, no bairro Bela Vista III, em Andirá, no Norte Pioneiro. O espaço conta com uma área de 69.084,27 metros quadrados (cerca de 6,9 hectares) e mistura o lazer à preservação ambiental. Essa foi a 25ª unidade finalizada pelo Governo do Estado, que destinou R$ 1.241.320,66, com contrapartida municipal de R$ 31.833,59.
A cerimônia de inauguração contou com a presença do diretor-presidente do IAT, Everton Souza, do diretor de Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos, José Luiz Scroccaro, da prefeita de Andirá, Ione Abib, e dos secretários estaduais Guto Silva (Planejamento) e Marcio Nunes (Turismo).
O parque urbano foi construído em uma área de fundo de vale que servia informalmente como depósito de entulhos. Agora, o espaço conta com playground, quiosques, quadras de futebol e vôlei, academia ao ar livre, além de uma vasta área verde para contato com a natureza. Ganhou também estruturas para a criação de espécies de abelhas nativas sem ferrão. Essa iniciativa, que faz parte do Programa Poliniza Paraná, ajuda na preservação da biodiversidade local por meio da polinização.
“Tenho certeza que esse é um dos parques mais bem estruturados do Paraná, diferenciado, com muito lazer para a população. Mas também há o aspecto ambiental, porque transformou uma área degradada no cartão-postal de Andirá”, afirmou Scroccaro.
Coordenadora do setor de Projetos Especiais da Diretoria de Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos do IAT, Paula Coradin ressaltou que o parque foi planejado para servir como bacia de contenção para a água das chuvas, ajudando a prevenir cheias e alagamentos.
“O projeto Parques Urbanos tem como objetivo a recuperação de áreas que apresentam danos ambientais dentro do perímetro urbano dos municípios. Sendo assim, a apresentação de soluções para o problema é obrigatória durante a elaboração dos projetos. Em Andirá, a proposta foi a instalação de um conjunto de lagoas que atuarão como bacias de amortecimento e contenção, realizando o armazenamento temporário das águas pluviais e permitindo a liberação do montante acumulado de forma gradual, contribuindo com a macrodrenagem urbana”, explicou a técnica.
“Além disso, o município fez o plantio de espécies de vegetação nativa, contribuindo para a proteção dos recursos hídricos presentes na área e para a recuperação da fauna e flora local”, complementa Paula.
PARQUES URBANOS – O projeto Parques Urbanos é uma parceria entre o IAT e as prefeituras paranaenses, que incentiva a criação de parques em regiões de fundo de vale ou áreas com ações erosivas. Uma das características comuns às áreas de fundo de vale é a presença de recursos hídricos, o que aponta para a existência de Áreas de Preservação Permanente (APP).
Desde a implementação do projeto, em 2019, 25 parques foram entregues a municípios em diferentes regiões do Paraná, incluindo o equipamento em Andirá. Ao final desta primeira fase, serão 61 complexos à disposição dos paranaenses, com investimento global de R$ 73 milhões.
Além das funções de recuperação ambiental, os parques urbanos contam com outras iniciativas de promoção da sustentabilidade. Uma delas é o Poliniza Paraná, que desde 2021 é presença obrigatória em todos os espaços ligados ao projeto. A iniciativa prevê a instalação de colmeias de abelhas sem ferrão para auxiliar na conservação de espécies nativas e para complementar as ações de educação ambiental dos locais.
Outro projeto parceiro é o Espaço Educador Sustentável, que consiste na implementação de atividades de promoção da educação ambiental. Por meio da ação, os locais ganham hortas urbanas, que estimulam o engajamento da população com o meio ambiente, e jardins dos sentidos, que desenvolvem a sensibilidade sensorial-ambiental dos visitantes.
COMO FUNCIONA – Após a identificação de uma área apropriada, os municípios enviam um pré-projeto ao Setor de Projetos Especiais do IAT para avaliação do Instituto. Uma vez aprovado, o IAT repassa os recursos financeiros para a execução do projeto por meio de um convênio, conforme o andamento da obra. É necessário que o município tenha a Licença Ambiental e a Outorga ou dispensa de outorga emitidas pelo Instituto.
FONTE: AGÊNCIA ESTADUAL DE NOTÍCIAS
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