O Governo do Estado encerrou a Operação Rondon Paraná edição 2023 no sábado (21). Foram dez dias de atividades com 372 ações extensionistas, que envolveram 14.732 mil pessoas. As equipes de rondonistas, formadas por 150 estudantes e 28 professores das sete universidades estaduais, percorreram sete cidades paranaenses.
A ação aconteceu entre os dias 11 e 21 de outubro, coordenada pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti). Nesse período de dez dias, os estudantes trabalharam em ações nos municípios de Antonina, Guaratuba, Morretes, Paranaguá e Pontal do Paraná, no Litoral do Estado; e Cerro Azul e Rio Branco do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba.
Entre os universitários estavam estudantes de graduação e pós-graduandos de 27 cursos de diferentes áreas do conhecimento e juntos promoveram ações nas áreas de cultura, direitos humanos e justiça, educação, saúde, comunicação, meio ambiente, tecnologia e produção, trabalho.
Para o secretário Aldo Nelson Bona, a Operação Rondon cumpriu os objetivos e aproximou a universidade das comunidades. “Levamos atividades de extensão universitária às populações mais carentes dos municípios atendidos e, sobretudo, demos oportunidade para formação integral aos estudantes e professores do sistema estadual de ensino superior paranaense”, afirmou.
Ele destacou, ainda, a ação de extensão intensiva das universidades, que proporciona o conhecimento e a percepção de realidades diferentes. “Os rondonistas saem fortalecidos, renovados depois de dez dias de imersão e trabalho junto às populações mais vulneráveis acompanhando realidades que desafiam o cotidiano das pessoas e a importância da universidade para se conectar com desafios e soluções para a sociedade”, disse o secretário.
Sob a supervisão de professores, as equipes de rondonistas desenvolveram atividades diversas, como orientação em saúde, produção de pães, fotografia, plantas medicinais, reaproveitamento de alimentos, entre outros temas. As atividades mobilizaram moradores de várias comunidades urbanas e rurais, com propostas de soluções autossustentáveis para questões locais e regionais.
INCLUSÃO – A diretora auxiliar da Escola Especial Municipal Ilha do Saber, de Pontal do Paraná, Lizmari Simioni Rusycki, ressaltou que as ações do Rondon para os 129 alunos com deficiência intelectual proporcionou uma troca de conhecimento e experiência.
“As atividades lúdicas desenvolvidas por meio de brincadeiras e tarefas proporcionaram inclusão social. E, da mesma forma que deixam algo, os envolvidos na Operação também levam informações sobre como as atividades são desenvolvidas em uma escola especializada, como foi a adesão dos alunos, a participação e a compreensão deles. Para os nossos estudantes é tudo muito positivo porque são atividades diferenciadas, com dinâmica, que auxiliam a desenvolver o potencial artístico, criativo, trazendo alegria”, afirmou.
RONDON – O nome da Operação Rondon é uma homenagem ao Marechal Cândido Rondon, engenheiro sertanista e brasileiro, um dos responsáveis pelas telecomunicações. As ações extensionistas tiveram início em 1968, com o Ministério da Defesa, denominado Projeto Rondon, que reúne estudantes de diversas instituições de ensino superior para as ações de cidadania, cultura e solidariedade em todas as regiões do país.
Entre 2015 e 2019, a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) organizou a Operação Rondon Paraná. Nas cinco edições, as equipes atuaram em 34 municípios, com 832 rondonistas, entre alunos, professores e agentes universitários, somando 4.129 oficinas e 116.875 atendimentos à população.
A Operação Rondon Paraná, coordenada pela Seti, foi instituída como uma ação governamental em 2023, concentrando atividades de extensão das universidades estaduais de Londrina (UEL), de Maringá (UEM), de Ponta Grossa (UEPG), do Oeste do Paraná (Unioeste), do Centro-Oeste (Unicentro), do Norte do Paraná (UENP) e do Paraná (Unespar). A proposta é que seja promovida uma edição por ano em municípios com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
FONTE: AGÊNCIA ESTADUAL DE NOTÍCIAS
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