O Santuário Nossa Senhora das Graças em Santo Antônio da Platina foi gestado com muito carinho no coração de Deus, assim como foi preparado o ventre da Virgem Maria para receber o Salvador! Quando na década de 1950, num gesto de fé ousada e providente, o casal espanhol José e Conceição Sanches Benteu comprou uma fazenda no Norte Pioneiro do Paraná e aqui se estabeleceu, fazendo uma promessa: ‘construir uma capela e um cruzeiro no local assim que conseguisse quitar a propriedade’. As graças aconteceram e o que parecia impossível tornou-se realidade, no entanto não houve tempo para o cumprimento dos ex-votos!
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A Fazenda denominada Santa Terezinha continuou com a família, o filho Joaquim Sanches Benteu casado com dona Domingas Possi Benteu assumiu. O casal teve três filhos: José Carlos, Conceição de Fátima e Aparecida. Com a morte prematura do pai (apenas 30 anos de idade), novos desafios e imprevistos rondam a família e a Fazenda Santa Terezinha, agora sobre a chancela de dona Domingas. A promessa, no entanto, pairava na memória e no coração!
Em julho de 1993, Lúcia Aparecida esposa de José Carlos Benteu, então residentes na Fazenda Santa Terezinha num momento de oração do Santo Terço, em sua casa, teve a ‘visão’ de uma estrada apedregulhada ladeada de flores amarelas que subia para o alto de um morro, onde havia um círculo e uma cruz no meio.
Já em 1994, por sua vez, Maria Cristina esposa de Rui Margarido, residentes em Santo Antônio da Platina, passou a ter uma visão muito semelhante. Partilhando com seu esposo, começou a rezar pedindo que Nossa Senhora lhe revelasse o que significava tal ‘visão’. Um nome lhe veio em sua mente: Lúcia! Cristina então procurou Lucia e contou o que estava acontecendo; as duas partiharam as experiências que estavam tendo: que surpresa, alegria e emoção ao perceberem que se tratava da mesma ‘visão’
A partir deste momento, as conversas se tornaram frequentes, e maior ainda foi a graça e benção ao descobrirem que Conceição de Fátima Benteu Tomaz, cunhada da Lúcia, também partilhava das mesmas revelações há meses.
Começaram, pois, a se reunir rezando o Santo Terço e conversando sobre o que Deus queria com tais revelações.
Em 13 de julho de 1995, Maria Cristina Margarido, por volta das 04:30 da manhã, é despertada por uma voz: ‘anote tudo o que eu vos disser’! Assustada, levantou-se e passou a anotar – surgia aí a primeira mensagem ‘ditada’ por Nossa Senhora. As locuções perduraram pelos dias 13 dos próximos 3 meses, sempre no mesmo horário. A partir daí, a pedido da própria Mãe de Deus, as mensagens já seriam oferecidas na Capela a ela dedicada! Mas onde?
Desde que começaram a se encontrar as três que receberam as ‘visões’ de Nossa Senhora – também seus esposos sempre juntos – passaram a ‘descobrir’ onde seria tal lugar escolhido para ser este Santuário de Graças. Surpresa de fé, quando Rui Margarido, descobre na Fazenda Santa Terezinha um local com todas as características que as ‘videntes’ tinham até então descrito. Surpresa de fé ainda maior quando Lúcia ao conversar com a sogra, dona Domingas Possi Benteu, sobre as visões e o local indicado, fica sabendo da antiga promessa (de 70 anos atrás) de se construir ali mesmo, uma capela e um cruzeiro, caso conseguissem quitar a propriedade.
Desde então (1995), começaram a se reunir em oração do terço no alto do morro, diante do Cruzeiro. O grupo animado continuava fiel nas orações do terço. Um dia Nossa Senhora manifestou seu desejo de que todos os dias 13 (treze) de cada mês rezasse ali no Cruzeiro, o santo rosário.
Deste modo muitas outras pessoas foram atraídas pela oração do santo rosário, aumentando a cada dia o número de devotos, que buscam a misericórdia de Deus e as graças de Nossa Senhora. No dia 13 de outubro de 1996, Frei Tarciso Baratin celebrou a primeira missa na Capela Santa Teresinha.
Os freis passaram a estar ali às tardes dos dias 13 de cada mês, atendendo confissões, celebrando a Santa Missa. Muitas graças e milagres vão acontecendo.
Num esforço contínuo, após a capelinha construída conforme indicações das próprias videntes, um primeiro barracão também foi levantado. Também com o tempo este se tornou inapto para acolher a todos. No dia 13 de julho de 2014, dona Domingas Possi Benteu, já com a saúde debilitada, cuidou de entregar pessoalmente a escritura de doação do terreno ao então Pároco Pe. Rosinei Toniette.
Incomodado com a precariedade do lugar, tão rico em graças e bênçãos, um esforço maior começou a ser empreendido para que este local se tornasse mais acolhedor e assumisse melhor sua missão de Colo Maternal de Maria. Tempos difíceis financeiramente!
Em 27 de outubro de 2015, no encerramento de uma novena Maria Passa na Frente, Pe. Rosinei Toniette lança o convite-desafio-ultimato para todos: edificar o novo templo que deveria ser inaugurado em 27 de novembro de 2017 às 15 h.
Convite, pois, era um ato de liberdade de cada um tornar-se um Santuário vivo na edificação do Santuário da Mãe das Graças, dedicando-se e consagrando-se totalmente a este empreendimento de fé. Desafio, pois, o tempo era escasso, recursos não existiam, eram anos de inércia e comodismo nas velhas estruturas e exigia-se o comprometimento sincero de cada um, numa aposta de fé. Ultimato, pois, seria o 20º ano do ‘Santuário’ que até então não era Santuário, não tinha uma organização pastoral e espiritual, não possuía uma administração eficaz, e não tinha porque continuar sendo atendido se não fosse oficializado como parte da Igreja Paroquial Santo Antônio de Pádua de Santo Antônio da Platina-PR, foi um grito de fé!
A Mãe não desampara, e como o Santuário estava há anos sendo gestado no coração de Deus, como um verdadeiro milagre de fé, faz-se o parto de um filho viçoso e acolhedor, no dia 27 de novembro de 2016, com a Benção da Dedicação do novo Templo e elevação a Santuário pelas mãos e prece de Dom Antônio Braz Benevente, sétimo bispo da Diocese de Jacarezinho PR.
A história continuará sendo escrita, acrescentada e testemunhada por novos acontecimentos no decorrer do tempo, com as bênçãos de Deus e a proteção de nossa Senhora das Graças, sob cujo acolhimento e patrocínio, nos colocamos constantemente, pois santuários vivos queremos ser!
FONTE: SITE ROTA DO ROSÁRIO
Realmente a reportagem é fidedigna, vivenciei quando criança este local que foi de minha mãe que faleceu a metros do Santuário, cresci ouvindo meu pai falando sobre esta maravilha, sempre estou participando das santas missas.
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