O Festival Internacional de Londrina – FILO encerrou no último domingo (2) a maratona cênica que marcou a edição de seus 55 anos de história, reunindo um público de 17 mil pessoas, segundo estimativa da organização. Foram 16 dias de intensa programação, que possibilitaram as mais variadas experiências para o espectador.
O FILO 2023 foi viabilizado com o patrocínio da Prefeitura de Londrina, Secretaria Municipal da Cultura e Programa Municipal de Incentivo à Cultura (Promic), com realização da Associação dos Profissionais de Arte de Londrina (Aspa), pelo segundo ano consecutivo.
Esta edição apresentou uma linha curatorial que despertou reflexões no público a partir do debate sensorial, afetivo e estético sobre deslocamentos de corpos estrangeiros marginalizados, protagonismo das narrativas indígenas, vulnerabilidades sociais, crises migratórias, violência contra jovens negros das periferias, feminicídio, a resistência de corpos dissidentes, o riso em oposição à tirania, entre outras narrativas. Essa diversidade também possibilitou revisões de conceitos e preconceitos.
A iniciativa realizou 41 apresentações de 23 espetáculos. Foram 22 companhias e produções independentes, representantes dos estados de Pernambuco, Rio Grande do Norte, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia e Paraná. Londrina marcou a agenda com cinco produções. E o Festival ainda recebeu atrações do México e da República Democrática do Congo e duas coproduções nacionais com o Canadá e a Holanda.
A programação ocupou três salas (Cine Teatro Ouro Verde, Espaço Villa Rica e Divisão de Artes Cênicas da Casa de Cultura da UEL) e circulou por ruas, praças e outros espaços públicos da cidade com muito teatro, dança, música e circo. Plateias repletas de pessoas de todas as idades, que se divertiram, se emocionaram e puderam refletir e debater assuntos que têm marcado nossas vidas na atualidade.
Para o coordenador geral do FILO 2023, Alexandre Simioni, a edição confirmou a importância da retomada dos eventos culturais pós-pandemia. “Mais que duplicamos o número de público em relação ao ano passado, quando realizamos o FILO depois de dois anos de ausência, e parte disso se deve à programação estendida e mais atividades de formação”, destaca.
A parceria inédita com o Espaço Villa Rica também foi salientada por Simioni: “Isso nos permitiu oferecer ao público dois espaços grandes (o outro é o Teatro Ouro Verde) para a realização dos espetáculos, ampliando-se o número de ingressos e evitando, dessa forma, o rápido esgotamento dos ingressos”.
A curadoria foi outro fator positivo apontado pela coordenação, e o formato poderá se repetir no ano que vem. “Fizemos um desenho coletivo e isso foi muito produtivo. Proporcionou olhares diversos na nossa programação”, diz.
O Festival também promoveu a formação e a reflexão em intercâmbios entre artistas, estudantes e produtores, que falaram sobre técnicas, estética e ética no fazer artístico. Foram 15 atividades formativas realizadas no Sesc Cadeião, no Canto do Marl e na Vila Triolé – quatro oficinas e 11 bate-papos, além de um encontro de gestores e fazedores de Cultura da região com representante da Fundação Nacional de Arte (Funarte).
O FILO 2023 teve o apoio da Universidade Estadual de Londrina – Casa de Cultura, Espaço Villa Rica, Fecomércio/Sesc-PR, Kery Grill, Rádio UEL FM, EJ Rosa Amarela, Folha de Londrina, Laboratório de Cenografia e Cenotécnica, Sanepar/Governo do Estado do Paraná, Canto do Marl e Vila Triolé Cultural.
Texto: Assessoria de Imprensa do FILO 2023
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