"Tenho negociado e estou trabalhando todos os dias pelo setor que eu represento. Pra que não tenha maior custo de produção, para que o produtor não seja penalizado, que não tenha que pagar mais imposto, que a gente consiga ter efetivamente competitividade, que é nossa grande preocupação".
As palavras são do presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Pedro Lupion (PP-PR), durante o programa Pânico, na Jovem Pan. Ele deu a declaração ao falar sobre mudanças em leis que possam interferir em direitos e nos ganhos dos produtores rurais brasileiros.
O parlamentar paranaense falou que o raciocínio vale também para que o cooperativismo, tão forte no estado do Paraná, "possa continuar existindo, já que tem uma grande parcela na produção agropecuária".
Durante o programa, o apresentador Emilio Surita e demais participantes questionaram Lupion sobre a força do agro brasileiro, e alguns preconceitos que o setor sofre com frequência.
"Nós, da FPA, temos procurado diversos veículos, levando essas pessoas que trabalham ali in loco, pra verem o que é a realidade da produção, ver o que é colheita de algodão na Bahia, ver o que é cana-de-açúcar em São Paulo, como que se cria frango no Paraná, como se faz a produção de alimentos. Porque grande parcela da população ainda acha que o leite tá na árvore", afirmou.
Bem e mal
Outro ponto levantado por Surita foi a divisão, feita pelo atual governo, em dois ministérios para cuidar, um, de Agricultura e Pecuária, e o outro, de Agricultura Familiar.
"Eu acho horrível isso, pra dizer que existe o bom agro e o mau agro. Não existe isso. O agro de verdade é o pequeno e médio produtor, o cara que tá lá no campo, que emprega gente, que gera oportunidade, que gera renda, que consegue efetivamente fazer a economia circular", disse Lupion.
Ele falou ainda que a "agricultura familiar" também mudou com o tempo. "Não é mais a de antigamente, com aquele produtor coitadinho, que plantava pra subsistência. Esse ainda existe, mas é minoria. Agricultura familiar tem tecnologia implantada, consegue comprar equipamento, acessa plano safra, gera emprego e renda".
Pedro Lupion também citou que a construção de narrativas contra o setor também começa cedo. "Tem muita coisa de material escolar que é contra o agro, muita coisa de ideologia na formação de base da nossa juventude que é contra o nosso setor. O que a gente precisa é conseguir mostrar que o Brasil tem uma gigantesca riqueza: o unico pais com dimensões continentais que consegue ter até três safras no ano, e é isso que vai sustentar a gente pelo resto da vida."
Recursos
Mesmo com essa divisão, Lupion afirma que, pelo tamanho e por tudo o que representa a agropecuária brasileira, o governo tem por obrigação atuar pelo desenvolvimento do setor.
"Tudo que se produz precisa ter uma cadeia produtiva remunerada. A obrigação do governo é liberar 'dinheiro barato' para que o produtor possa acessar esse crédito e consiga produzir melhor. Isso é o Plano Safra. O governo tem que conseguir liberar dinheiro barato para que o produtor possa acessar esse crédito e conseguir produzir melhor", explicou Lupion.
Por fim, ele ainda trabalhou para dirimir qualquer contenda com os povos indígenas, ao comentar a questão do Projeto de Lei 490, do Marco Temporal, aprovado na Câmara por expressiva maioria.
"Nós não temos absolutamente nada contra os povos originários, pelo contrário. Eles têm seu direito, sua história e devem ser respeitados. O que não pode acontecer é a insegurança jurídica para o produtor rural, onde até pequenos agricultores estão sendo expropriados de suas terras. Expulsos sem nenhuma indenização, pois disseram que ali havia uma aldeia indígena um dia", finalizou.
FONTE:ASSESSORISA
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