Este era
um artigo que já tinha pensado e muito em escrever. Mas ele sairia bem lá para
frente. Só que o destino fez com que ele fosse escrito agora, devido ao
falecimento, no último dia 01 de abril, do ‘Seu Antônio’ para alguns, mas para mim
simplesmente ‘Vô’.
Meu avô
sempre foi uma pessoa que não utilizava a internet, mas conseguia encontrar uma
pessoa pela famosa lista telefônica. Não acredita? Eis que conto uma façanha.
Acho que uma das maiores já vista (por mim) sem acesso pela internet.
Há alguns
anos fui para Morretes visitá-los (ele e minha Vó Marina). Junto comigo foi um
casal de amigos de longos anos (o Caio e a Suelen). Lembrando que ele morou
muitos anos na juventude no Norte Pioneiro. Após um tempo conversando, eis que
começam as perguntas tradicionais que ele fazia para conhecer mais as pessoas.
No bate
papo com o Caio na noite de sábado, descobriu que o avô paterno dele havia
trabalho junto com ‘Seu Antônio’ na época da antiga SUCAM. Era manhã de
domingo, o relógio não marcava nem 6 horas. A casa em silêncio, eis que escuta
o telefone girar aquela rodinha (ele tinha um telefone assim) e enfim um ‘Aloooouuuuuu’
(tradicional dele).
A frase a
seguir foi simplesmente: “Você não me conhece. Eu não te conheço. Mas estou
com seu neto em minha casa”. Ficamos sabendo depois da viagem que do outro
lado da linha, a avó do Caio deu um grito, o pai dele veio correndo ao telefone
achando que era sequestro.
Após o
susto, ele conversou por longos minutos com o amigo daquela época, relembrando
o passado. Mais tarde, sentado na área, o questionei como havia encontrado o
telefone, se ele não havia pedido e nem falado o número. Eis que ele levanta, vai
para dentro da casa e volta com umas listas telefônicas dizendo que procurou
pelo nome e endereço.
Este é
apenas um dos inúmeros causos que o ‘Seu Antônio’ proporcionou a todos que
viveram com ele. Comigo foram vários momentos (além de avô paterno, era meu padrinho) que deixarão saudades do seu jeito alegre e divertido de levar a vida.
*Esta é uma singela homenagem ao meu avô!
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Marcos Júnior é jornalista formado em 2007 e responsável pelo Blog do Marcos Junior que já passou de 14,8 milhões de acessos
Parabéns pela matéria
ResponderExcluirParabéns linda matéria, realmente aprendemos muito com nossos avós,na simplicidade e humildade
ResponderExcluirEis que essas lendas que tivemos a oportunidade de conhecer e aprender com eles, não tem preço. Simplesmente são o máximo da nossa juventude. Nossa eterna herança.
ResponderExcluirViajei nessa história muito linda . É não damos tanto valor quando estão aqui mas quando se vai deixa um vazio enorme.
ResponderExcluirNossa que matéria linda Parabéns!
ResponderExcluirMuito bom ,né ouvir isso ,lembro dos meus fazendo o mesmo
ResponderExcluirSensacional a Matéria, linda materia😃👏👏.
ResponderExcluirAdorei a matéria. Me deu uma saudade enorme das histórias dos meus pais. Precisamos de mais matérias assim: que tocam a alma. PARABENS
ResponderExcluirEu achei linda emocionante sua história, fiquei até pensando na minha vozinha ela era uma mulher muito alegre mas ela era analfabeta isso me intristece
ResponderExcluirMas
Parabéns atrasado Marcos.Linda matéria.Esse é o nosso jornalista preferido
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