Recentemente a Câmara Municipal de Curitiba concedeu a Cidadania Honorária a Orlando Pessuti, ex-governador do estado do Paraná. A solenidade, que foi presidida pelo vereador Tito Zeglin (PDT), foi uma iniciativa do vereador Mauro Bobato (Pode) embasado na lei municipal 11.017/2004, proposta pelo então vereador Paulo Salamuni. Zeglin se disse honrado por presidir a sessão em homenagem a Orlando Pessuti, que considera “uma figura marcante na história de nosso estado, a quem conheço desde o início das minhas atividades como vereador”.
Além do vereador Zeglin, compuseram a mesa: Mário Pereira, ex-governador e 1º vice-presidente do Pró Paraná; Paulo Salamuni, ex-vereador; Rogerio Carboni, secretário de estado da Secretaria de Desenvolvimento Social e Família; vereador Jornalista Márcio Barros (PSD), Márcio Domakoski, presidente do Movimento Pró Paraná e os vereadores Bruno Pessuti (Pode) e Mauro Bobato.
O vereador Mauro Bobato, propositor da homenagem, disse estar honrado e agradecido pela oportunidade de homenagear o ex-governador Orlando Pessuti. “Foi muito gratificante conhecer Pessuti, uma personalidade fundamental para que a gente possa entender a história do Paraná”, declarou. Ainda de acordo com Bobato, Pessuti atuou com destaque em todas as atividades públicas e privadas em que se envolveu, tornando-se uma referência para todos.
“Segunda certidão de nascimento”
Em seguida, falou o ex-vereador Paulo Salamuni, que propôs a homenagem no ano de 2004. Ele lembrou que a Cidadania Honorária é um dos maiores reconhecimentos que uma pessoa pode receber. “A etimologia da palavra política vem do grego ‘pólis’, que é a forma como as pessoas se relacionam no espaço urbano. A política é eminentemente cidadã. Da data em que foi proposta a homenagem para cá, Pessuti foi governador, secretário e deputado, entre outras atividades. Ou seja, trata-se de uma pessoa com uma imensa folha de serviços prestados ao Paraná e a Curitiba e, em razão disso, vai hoje receber uma segunda certidão de nascimento”, declarou Salamuni.
O ex-vereador afirmou que Pessuti sempre foi a mesma pessoa, com os colegas, com os correligionários e com os amigos. “Da mesma forma, nunca alterou seu caráter humilde, mesmo quando ocupou a presidência da Assembleia, ou quando ocupou a presidência do BRDE. Sempre foi a mesma pessoa, a pessoa do abraço, visivelmente vocacionado para a administração da coisa pública”, disse Salamuni. O ex-vereador declarou estar emocionado ao ver presente no plenário do Palácio Rio Branco vários representantes da história política recente do estado do Paraná, em particular, de Curitiba.
Salamuni recitou os versos do poeta português Sidónio Muralha, que passou seus últimos anos de vida em Curitiba: “Parar. Parar não paro. Esquecer. Esquecer não esqueço. Se caráter custa caro, pago o preço”. “E disso que estamos falando. De caráter. Quando uma pessoa da sua estatura moral aceita um prêmio como esse, o homenageado não é você, e, sim, a própria cidade que o homenageia. A história de Orlando Pessuti com o Paraná é uma história de amor e de luta pelo bem comum. Se a gratidão é uma virtude, esse reconhecimento é do coração. Parabéns, Orlando Pessuti, por sua trajetória”, finalizou Salamuni.
Agradecimento
O ex-governador Orlando Pessuti, homenageado pela Câmara Municipal de Curitiba com a Cidadania Honorária, iniciou sua fala agradecendo nominalmente às pessoas que foram determinantes em sua trajetória. Ele reconheceu, entre os que o prestigiavam, pessoas que o acompanham ao longo da vida. Ele mencionou, por exemplo, ex-integrantes da Casa do Estudante Universitário, da Maçonaria, pessoas que trilharam os caminhos da militância partidária ao seu lado. Pessuti lembrou ter integrado a primeira comissão provisória do MDB, ainda em 1975. “E, hoje, estou aqui, na tribuna Bento Munhoz da Rocha, político que conheci em 1966, na companhia de meus irmãos, hoje presentes”, destacou. Ele mencionou seus pais, Natal Pessuti, que também teve uma carreira política, e Idaliza Pinezi Pessuti.
“Tive o privilégio de estar na Assembleia Estadual por 25 anos. Quando cheguei não conhecia nem a capa do Regimento Interno, mas, com o tempo e o aprendizado contínuo, cheguei à presidência daquela Casa de Leis”, disse Pessuti. Ele mencionou a presença na solenidade de amigos que fez na área dos esportes e, neste aspecto, enfatizou o trabalho desenvolvido ao lado do ex-vereador Mário Celso e outras pessoas para trazer jogos da Copa do Mundo de 2014 para Curitiba.
Pessuti falou sobre suas relações no ramo gráfico e, também, junto à categoria dos médicos veterinários. Destacou estar à frente do CIEE e de também ser vice-presidente do movimento Pró Paraná, fundado pelo jornalista Francisco da Cunha Pereira. “Outras lutas da qual participamos são as das emissoras de radiodifusão, da Associação dos Ex-Parlamentares Estaduais e também junto à Fundação Ulysses Guimarães”, comentou o ex-governador, que igualmente agradeceu a presença de amigos que fez nas polícias Civil e Militar e de representantes da Boca Maldita.
“A Casa do Estudante Universitário foi minha escola política. Era lá que fervilhavam as discussões, o debate sobre temas como a democracia e a liberdade de imprensa”, contou o homenageado. Ele lembrou da primeira campanha para o cargo de deputado estadual. Pessuti contou que percorreu todo o interior do estado ao lado do falecido ex-governador José Richa e do senador Álvaro Dias. Pessuti mencionou seus filhos, noras e netos e, na figura de sua esposa Regina (que não estava presente por motivos de saúde), prestou uma homenagem às mulheres pela passagem do Dia Internacional da Mulher (8 de março).
FONTE: CÂMARA MUNICIPAL DE CURITIBA
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