Ser Família Acolhedora é fazer parte da transformação de vidas

 

O programa Família Acolhedora permite que crianças e adolescentes, afastadas por medida protetiva da família de origem, residam temporariamente em casas de famílias.

Uma família de Irati relata como é a experiência de fazer parte deste projeto, que pode desencadear uma boa transformação de vida. "É gratificante poder acolher e dar carinho para as crianças que precisam de atenção, ver o sorriso delas ao sentirem o nosso amor, e principalmente, saber que estamos ajudando a mudar a realidade da vida delas", conta Cintia Koltro.

Ela e seu esposo, Edi Carlos Correia, são uma Família Acolhedora e cuidam de três irmãs, há seis meses. "Somos casados há 10 anos e não temos filhos, sempre trabalhei de babá, cuidei de sobrinhos e pensamos em adotar uma criança, mas quando conhecemos o projeto decidimos ajudar as crianças que iriam para a Casa Lar", disse Cintia.

"São duas adolescentes e uma criança, por isso, são muitos os desafios que temos no dia a dia. Porém, a maior recompensa é receber e dar carinho e amor, ver que estão bem e felizes", afirmou Edi Carlos Correia.

O psicólogo do serviço de Acolhimento Familiar, da Secretaria de Assistência Social de Irati, Wilson Zem Kovalski, explica que estar em um ambiente familiar e receber afeto de pais voluntários, possibilita melhor desenvolvimento. "O vínculo que se cria em uma Família Acolhedora é diferente. Na Casa Lar, as cuidadoras fazem plantões, apesar de ter muita dedicação, não é um ambiente familiar de casa", pontuou o psicólogo.

As famílias que acolhem são acompanhadas por psicólogos e assistentes sociais, e têm total responsabilidade de cuidar, proteger, dar acesso à educação, à saúde e tudo que for necessário durante o acolhimento.

Todos os envolvidos têm consciência de que o acolhimento é temporário, e se a justiça decidir que a criança não voltará para a família de origem, irá aguardar uma adoção. "Trabalhamos com muita honestidade, com as crianças e as famílias, todos estão cientes de que o acolhimento é temporário. Vemos que quando chega o dia de voltar para a família de origem ou ser adotada, e há um certo sofrimento na despedida é porque deu certo o acolhimento, porque foi positivo", esclareceu Wilson. Ele também ressalta que os vínculos não precisam se romper totalmente, a família que acolheu e a criança podem continuar se encontrando depois.

"Seja uma Família Acolhedora, ver a felicidade dessas crianças é a maior recompensa. Doar seu tempo, seu afeto, passar seus valores para transformar de alguma forma a vida deles. Já imaginamos ver esses acolhidos, depois de adultos, se tornando pessoas de bem e saber que contribuímos com a história deles", aconselha Cintia Koltro.

Como ser uma Família Acolhedora?

Atualmente em Irati, existem sete Famílias Acolhedoras e 11 acolhidos, e ainda é necessário que muitas crianças e adolescentes fiquem em Casas Lares. Por isso, a Secretaria de Assistência Social realiza orientações para pessoas que queiram fazer parte deste projeto, passando conhecimentos práticos e objetivos sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e uma base de como lidar com os acolhidos.

A capacitação será no Centro Administrativo Municipal (CAM), situado na Rua Coronel Pires, 826 – Centro. Nos dias 1º, 03, 04 de novembro, das 18h às 22h e no dia 05 de novembro, das 08h às 12h e das 13h às 17h. Quem tiver interesse em fazer a inscrição pode entrar em contato pelo WhatsApp (42) 9107-9780 ou ir até o CAM conversar com a equipe técnica.

Critérios

É necessário ter acima de 21 anos; não estar no Cadastro Nacional de Adoção; residir em Irati; ter a concordância de todos os membros da família em participar do serviço; ter saúde física e mental compatível com as necessidades de acolhimento; disponibilidade de tempo e interesse em oferecer proteção e amor.

A família pode indicar o perfil da criança/adolescente que gostaria de receber em seu lar e receberá um subsídio financeiro no valor de um salário mínimo para ajuda com as despesas do novo integrante.


FONTE: PREFEITURA DE IRATI

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