As representantes do Conselho da Comunidade Rhuana Camargo (Presidente) e Karen Cristina de Souza apresentaram recentemente na Câmara Municipal, uma nova ferramenta de enfrentamento à violência contra mulheres em Arapoti. É o 'Enfrentar - Nós com Elas', que visa ampliar a rede de apoio, com acolhimento, apoio e orientação jurídica, psicológica ou socioassistencial à adolescentes e mulheres vítimas de violência doméstica.
Segundo dados do Poder Judiciário de Arapoti, em 2021 foram expedidas em média uma medida protetiva de urgência (MPU) a cada dois dias no município.A assistente social Karen Souza é a autora do projeto Enfrentar, que tem apoio da Secretaria Municipal de Assistência Social. Ela explica que o atendimento ocorre integralmente de forma virtual e gratuito, por telefone ou aplicativo de mensagens (whatsapp), podendo ou não ter identificação das mulheres que procuram ajuda e estejam em situação de violência. As vítimas são ouvidas por voluntárias parceiras do projeto, e são orientadas conforme a sua situação.
Para solicitar atendimento do grupo, basta acessar o formulário disponível no link https://forms.gle/sWjqNNDQyfasqoys6. E principalmente: FIQUE TRANQUILA, os atendimentos se manterão em SIGILO entre você e a profissional.
O Projeto também conta com a parceria da Procuradoria da Mulher da Câmara de Arapoti, que vai ampliar a divulgação das informações, buscando atender e quebrar o silêncio de mulheres que sofrem com agressões.
Quer ser parceirx do projeto?
Se você tem empatia com a causa, conhecimento sobre o tema, ou ainda deseja compartilhar experiências de vida, independentemente da profissão, para apoiar e acolher outra mulher que está precisando de ajuda, entre em contato pelo Whatsapp (43) 9 9807-3696 ou pelo link https://forms.gle/7XBVucno1xgE1WUT6. Voluntários das áreas de psicologia, direito ou serviço social também são muito bem-vindos ao projeto.
Outros canais de denúncia:
- 180 Central de Atendimento à Mulher;
- 100 Direitos Humanos;
- 190 Polícia Militar;
- Polícia Militar -Telefone Arapoti: (43) 9 8485-5127 / (43) 3557-1717
- 197 Polícia Civil;
- Ministério Público de Arapoti: (43) 92000-4901
- Câmara Municipal – Procuradoria da Mulher (43) 3557-1500
Quando devo procurar ajuda?
A mulher não precisa esperar receber agressão física para procurar ajuda. A Lei Maria da Penha classifica cinco tipos de agressão:
- Violência física é qualquer conduta que ofenda a integridade ou saúde corporal da mulher, como espancamento, atirar objetos, sacudir e apertar os braços, estrangulamento ou sufocamento, lesões com objetos cortantes ou perfurantes, ferimentos causados por queimaduras ou armas de fogo e tortura.
- Violência psicológica é qualquer conduta que cause danos emocional e diminuição da autoestima, e vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões. Alguns exemplos: ameaças, constrangimentos, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição, insultos, chantagem, exploração, ridicularização, tirar a liberdade de crença e distorcer e omitir fatos para deixar a mulher em dúvida sobre a sua memória e sanidade.
- Violência sexual é obrigar a participar de uma relação sexual mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força. Exemplos: estupro, obrigar a fazer atos sexuais que causam desconforto ou repulsa, impedir o uso de métodos contraceptivos ou forçar a mulher a abortar, forçar matrimônio, gravidez ou prostituição por meio de coação, chantagem, suborno ou manipulação.
- Violência patrimonial é qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos. Exemplos de violência patrimonial: controlar o dinheiro, deixar de pagar pensão alimentícia, destruição de documentos pessoais, furto, extorsão ou dano, estelionato, privar de bens, valores ou recursos econômicos e causar danos propositais a objetos da mulher ou dos quais ela goste.
- Violência moral trata-se de qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria. Exemplos: acusar a mulher de traição, emitir juízos morais sobre a conduta, fazer críticas mentirosas, expor a vida íntima, rebaixar a mulher por meio de xingamentos ou desvalorizar a vítima pelo o seu modo de vestir.
FONTE: NICOLE - CÂMARA DE ARAPOTI
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