Lupion pede à Economia explicação sobre redução de biodiesel na mistura do diesel comercial


Brasília – Presidente da Frente Parlamentar Mista do Biodiesel (FPBIO), o deputado federal Pedro Lupion (DEM-PR) pediu explicações ao Ministério da Economia, sobre os estudos que embasaram a manutenção de 10% de biocombustível na mistura do diesel comercial.

O requerimento de informação foi apresentado nesta quinta (02), e seguirá para a pasta sem a necessidade de ser votado nas comissões da Câmara dos Deputados.

O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), depois de reduzir, em setembro, de 12% para 10% a quantidade de biocombustível presente no diesel comercial, decidiu manter o porcentual reduzido por todo o ano de 2022.

De acordo com a Frente Parlamentar Mista do Biodiesel, estima-se que essa medida faça o Brasil deixe de produzir cerca de 2,4 bilhões de litros de biocombustível no próximo ano. Além do prejuízo ao setor produtor no país, isso levará a uma importação de mais combustível fóssil.

O CNPE justificou a manutenção dos 10% como uma maneira de proteger os interesses dos consumidores, quanto ao preço dos combustíveis. O diesel tem alta acumulada de 65%. Os principais motivos estão a alta no preço do barril de petróleo e a escalada do dólar.

Prejuízos

“Os efeitos dessa medida serão sentidos por toda a sociedade, já que a cadeia produtiva formada por mais de 300 mil produtores rurais, agricultores familiares, cooperativas e usinas será sensivelmente fragilizada”, afirmou Lupion.

Além disso, de acordo com o deputado, o aumento da emissão de poluentes vindos da queima de mais combustível fóssil “pode comprometer metas ambientais assumidas pelo país”.

“Vivemos um cenário econômico desafiador no Brasil e no mundo todo. Mas, obviamente, não é o biodiesel o responsável principal pelo aumento no preço para os consumidores, e a redução da mistura não vai solucionar esse aumento no preço”, disse Lupion que tem articulado com a FPBIO e junto ao governo federal para evitar novos prejuízos aos produtores rurais.

“Nosso trabalho é garantir que a cadeia de biocombustíveis e os produtores rurais não sejam ainda mais penalizados por essa situação”, finalizou.

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