A Prefeitura de Cambé, por meio da Secretaria de Obras, está definindo ações para resolver os problemas com os cabos de telefone, TV a cabo e internet desativados que sobrecarregam os postes da cidade. A pasta, junto com a Secretaria de Assuntos Jurídicos e com a Companhia Paranaense de Eletricidade (Copel), fez uma reunião no começo de outubro para definir quais vão ser as ações conjuntas para minimizar esse problema. Manoel Cícero dos Santos, secretário de Obras, explica que a fiação solta causa poluição visual e também traz riscos à população, além de estar na legislação a obrigatoriedade das empresas removerem esses fios.
De acordo com Manoel, o principal problema atualmente é que os fios soltos não têm identificação, ou seja, não há como saber de qual empresa eles são. “A Copel é que faz esse trabalho de fiscalização, mas como a empresa vai ser notificada se não tem uma marcação indicando isso?”, questiona. Por conta disso, a primeira medida a ser tomada é a obrigatoriedade de uma identificação dos fios e cabos a cada determinada quantidade de metros. “Isso permite uma maior eficiência na resolução do problema”, esclarece. Segundo o secretário, caso a empresa seja notificada e não resolva o problema, ela vai ser multada pelo município.
O secretário destaca que 70% dos fios – que não são de fibra óptica – que estão nos postes são cabos inativos e na maioria das vezes são os que ficam soltos, pois como não são utilizados ninguém reclama da queda. “Se alguém troca a fornecedora de internet, eles não retiram o fio antigo, apenas colocam outro no lugar. Se uma família muda cinco vezes de internet, vão ser cinco cabos e apenas um sendo utilizado”, exemplifica. Ele também ressalta que antes esse problema era menos frequente, porque a cidade contava com uma ou duas empresas que prestavam esses serviços, agora a cidade tem mais de 20 empresas e sete são de grande porte.
“A nossa primeira ação vai ser conversar com as empresas de telefonia, TV a cabo e internet do município e esclarecer todos os problemas e as nossas exigências. Caso não haja um acordo mútuo, nós vamos aplicar as penalidades cabíveis”, ressalta dos Santos. A intenção é de que as empresas retirem a maior parte da fiação inativa, façam a marcação dos fios ativos e que as novas linhas já venham com a identificação da empresa. “Dessa forma vamos padronizar os cabos e conseguir agir diretamente no problema”, esclarece. Como esses cabos não têm valor no mercado, as empresas também deverão destinar de forma adequada esse material e apresentar um relatório ao município.
Manoel Cícero dos Santos explica que os fios poluem visualmente a cidade, mas a principal questão é a segurança. “Quando o fio está caído, os motoqueiros podem se enrolar e cair. O que acontece também é do fio inativo ficar mais baixo e um caminhão passar e levar todos esses cabos juntos, causando até mesmo a queda de postes e o risco de choque elétrico, porque ele pode se enroscar em um fio condutor de energia elétrica”, detalha.
A Prefeitura de Cambé e a Copel fizeram uma operação no começo do ano passado para recolher fios que estavam soltos em partes de três vias na região central: Avenida Inglaterra, Avenida Belo Horizonte e Rua França. “Só nesses locais recolhemos mais de 1.500 quilos de cabos e nós só passamos nos pontos mais críticos das vias”, ressalta Manoel Cícero. “Como essa é uma responsabilidade das empresas, a nossa intenção é realmente fazer com que a cidade permaneça com o mínimo de cabos nos postes, evitando assim possíveis acidentes”, finaliza o secretário.
FONTE: PREFEITURA DE CAMBÉ
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