O índice que mede o volume de serviços do Paraná cresceu 6,8% nos primeiros sete meses do ano no comparativo com o mesmo período do ano anterior (janeiro a julho). No mesmo recorte, as atividades turísticas, que fazem parte desse macro setor, cresceram 7,7%, apontando retomada mais intensa com o avanço da vacinação contra a Covid-19. O estudo foi publicado nesta terça-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado positivo foi alcançado porque em julho de 2021 o volume de serviços no Paraná avançou 1,5% ante junho, na série com ajuste sazonal, o que representa um dos melhores resultados do Brasil, à frente da média nacional, de 1,1%. No comparativo com o mesmo mês de 2020, durante a primeira onda da pandemia, que teve impacto muito significativo no setor, o avanço foi de 16,6%.
Na evolução mês a mês, o Paraná está posicionado entre os oito melhores da pesquisa. O volume de serviços cresceu em 15 das 27 unidades da Federação. As altas mais relevantes, além do Estado, foram em Alagoas (5,4%) e Pernambuco (4,1%). Frente a julho de 2020, o crescimento dos serviços no Brasil foi acompanhado por 26 das 27 unidades. A única retração aconteceu em Rondônia (-0,9%).
Segundo o IBGE, foi o sexto resultado seguido com crescimento, após evoluções de 2,4% em fevereiro, 0,8% em março, 1,7% em abril, 0,9% em maio e 1,4% em junho.
"Julho foi um mês positivo para a economia do Paraná, com crescimento na indústria, no comércio e na geração de empregos. É o começo de um semestre que deve ser de retomada mais consistente, com o avanço da vacinação, que já alcançou 90% dos adultos, da confiança dos investidores, que não pararam de procurar o Estado, e dos investimentos públicos em infraestrutura e desenvolvimento urbano", disse o governador Carlos Massa Ratinho Junior.
SETORES – No Paraná, ao longo dos primeiros sete meses do ano, o crescimento foi impulsionado por Transporte, Serviços Auxiliares aos Transportes e Correio (9%), Serviços Prestados às Famílias (7%), Serviços Profissionais, Administrativos e Complementares (5,6%) e Serviços de Informação e Comunicação (4%).
Segundo o IBGE, o segmento de Transportes foi estimulado pelo aumento de receita das empresas de transporte rodoviário de cargas; transporte aéreo de passageiros; gestão de portos e terminais; rodoviário coletivo de passageiros; e navegação de apoio marítimo e portuário. Já Serviços Prestados às Famílias tiveram como força o aumento de reservas em hotéis; consumo em restaurantes; atividades de condicionamento físico; e parques de diversão e temáticos.
RECEITA – Na análise da receita do turismo no Paraná, que mede o impacto financeiro sobre o setor, o Estado registrou crescimento de 2,8% em julho de 2021 (frente a junho) e de 21,7% em relação a julho de 2020. No acumulado do ano, o avanço é de 9,6% e nos últimos doze meses, de 1,5%.
TURISMO – O turismo paranaense cresceu 7,7% no acumulado do ano e em julho de 2021 a variação foi 63,4% superior ao mesmo período do ano passado.
Na variação mês a mês, frente a junho desse ano, houve um recuo de 1,6%, mas o Estado vinha de três altas significativas: 10,7% em abril, 13,7% em maio e 11,5% em junho.
Frente a julho de 2020, o índice de volume de atividades turísticas no Brasil cresceu 83%, com a quarta taxa positiva seguida, impulsionado principalmente pelo aumento na receita de empresas que atuam nos ramos de hotéis; transporte aéreo; restaurantes; rodoviário coletivo de passageiros; locação de automóveis; e serviços de bufê.
Segundo o IBGE, desde o começo da pandemia, há ganho acumulando de 42,2% no setor. Contudo, o segmento de turismo ainda necessita crescer 32,7% para retornar ao patamar de fevereiro de 2020.
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