O deputado Michele Caputo (PSDB) apresentou nesta segunda-feira, 30, o relatório da Frente Parlamentar do Coronavírus em que aponta os avanços conquistados no enfrentamento do vírus, o diagnóstico da pandemia no Paraná e medidas que devem ser tomadas frente ao estágio atual da covid e no pós-doença.
Michele Caputo, coordenador da frente parlamentar, destacou que entre junho de 2020 e agosto de 2021 foram realizadas 21 audiências públicas. As reuniões mobilizaram 31 deputados e representantes de vários segmentos da sociedade e de entidades em 42 temas nas áreas de saúde, educação, retomada econômica, agricultura, assistência social, cultura, ciência e tecnologia, entre outras políticas públicas.
"Avançamos muito, mas há muito mais o que fazer tanto no enfrentamento da doença quanto no planejamento do pós-pandemia. Não devemos abrir a guarda em hipótese alguma, o vírus é traiçoeiro, os cuidados sanitários devem ser mantidos, mas felizmente também precisamos pensar em medidas para o pós-pandemia", disse o deputado.
Apoio à vacina - Entre as conquistas, Michele Caputo lista as sete principais: a elaboração do Plano Estadual de Vacinação, a antecipação da vacinação dos profissionais da educação e o adiamento da volta às aulas em abril, a retomada da vacinação para gestantes, após interrupção por parte do Ministério da Saúde.
"Temos ainda a abertura da vacinação por faixa etária, após vacinar os primeiros grupos prioritários, a liberação de recursos do Estado, do Tribunal de Contas e da bancada federal para o desenvolvimento da vacina da UFPR e a organização das filas de primeira e segunda dose dos postos de vacinação em Curitiba", disse.
Diagnóstico - O avanço na vacinação, segundo o deputado, foi fundamental para reverter o cenário caótico entre o ano de 2020 e o primeiro semestre de 2021, mas alerta ainda que o Paraná é o terceiro estado com maior número de casos no país e o maior na região sul, quarto em número de mortes no país e o maior da região.
No período, o Paraná teve mais de 1,4 milhão de casos e 37 mil mortes por covid. Em relação à vacinação, o Paraná é o sexto estado com o maior percentual na aplicação da primeira dose e ocupa a mesma posição na vacinação com duas doses ou dose única.
Retomada - A frente parlamentar recomenda ainda 11 medidas que devem ser tomadas pelo poder público nesta nova etapa da pandemia. As sugestões estão baseadas nas reuniões e visitas técnicas realizadas e incluem a ampliação do uso do teste rápido por antígeno, o planejamento e divulgação do cronograma para a aplicação da terceira dose e da primeira dose em crianças e adolescentes e a manutenção da retaguarda de leitos.
"Para evitar o que aconteceu no início do ano, quando leitos foram fechados e a reabertura foi demorada, com a chegada e explosão de casos da variante P.1. Além disso, serve de retaguarda para realização de cirurgias eletivas", disse.
Entre as recomendações estão ainda a retomada segura do setor de eventos e dos serviços de saúde (consultas, exames e cirurgias eletivas). "Estima-se que leve de 3 a 4 anos para atender à demanda reprimida por procedimentos eletivos que deixaram de ser feitos na pandemia. Importante organizar e qualificar a fila de espera, colocar recurso extra para realizar mutirões e também fortalecer o uso da telemedicina".
Os deputados do colegiado defendem também o apoio ao desenvolvimento da vacina da UFPR, a formação de uma rede de monitoramento de novas cepas e de atendimento do pós-covid, o planejamento da Operação Verão e a ampliação dos serviços de saúde mental. "O número de pacientes com sequelas da covid cresce a cada mês e é preciso dar atendimento adequado a essas pessoas que necessitam de fisioterapia e outros serviços especializados", disse Michele Caputo.
O isolamento e o desemprego, segundo Michele Caputo, fizeram disparar o número de pessoas que necessitam de acompanhamento psicológico. “Por isso, o Estado precisa dar mais atenção a esta outra epidemia, da depressão e demais problemas", completou o deputado.
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