No dia 28 de maio, data em que são celebrados os Dia Internacional da Higiene Menstrual e Dia Internacional da Dignidade Menstrual a Assembleia Legislativa do Paraná se iluminou de vermelho para fazer o alerta de um problema de saúde pública que afeta milhares de adolescentes.
Segundos dados do Unicef, no estudo A Pobreza Menstrual Vivenciada Pelas Meninas Brasileiras, 4 milhões de meninas não têm acesso a itens de cuidados menstruais nas escolas brasileiras e quase 200 mil alunas não tem as condições mínimas para cuidar da sua menstruação na escola, como acesso a água e sabonete, absorvente e banheiro. Números que aumentam conforme a situação social e racial.
Problema que impacta diretamente na autoestima dessas jovens e que causa um problema ainda maior, a evasão escolar. Estima-se que uma em cada quatro jovens falte às aulas por não ter condições de comprar absorvente.
Levantamentos indicam que no Paraná cerca de 374 mil adolescentes, em idade escolar, necessitam de absorventes. Em Curitiba, a estimativa é que aproximadamente 33.500 meninas precisam do produto.
Campanha – As deputadas estaduais e as esposas dos deputados sensibilizadas por esses números assustadores se uniram, através da Procuradoria da Mulher da Assembleia, ao Coletivo Igualdade Menstrual e desde o dia 17 de maio o Legislativo paranaense se tornou um posto de arrecadação de absorventes.
Já foram arrecadadas mais de 30 mil unidades de absorventes que serão entregues ao Coletivo para que faça a distribuição em escolas estaduais, que mantêm estoques de absorventes para doarem a meninas em situações de vulnerabilidade.
Política Pública - O tema pobreza menstrual vem sendo debatido com mais intensidade na Assembleia Legislativa desde 2019, quando começou a tramitar o projeto de lei 944/2019, que visa o fornecimento de absorventes descartáveis nas Escolas Públicas e Unidades Básicas de Saúde no Paraná.
FONTE: ALEP
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