Equipes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumprem uma operação, na manhã desta quinta-feira (3), contra fraude em licitações em 16 cidades do Paraná, nas regiões norte e noroeste, e uma em São Paulo.
As investigações duraram aproximadamente um ano e apontam que o esquema teria desviado R$ 10 milhões aos cofres públicos, segundo o Ministério Público do Paraná (MP-PR), e que pelo menos 69 prefeituras teriam sido alvo dos criminosos.
A ação foi batizada de Pasteiros e cumpre 62 mandados de busca e apreensão para serem cumpridos em residências e empresas dos investigados nas seguintes cidades do Paraná: Santo Antônio da Platina, Jacarezinho, Curiúva, São João do Ivaí, Andirá, Maringá, Jandaia do Sul, Mandaguari, São Sebastião da Amoreira, Astorga, Cornélio Procópio, Assaí, Arapongas, Cambé, Ibiporã e Londrina. Em São Paulo, a ordem judicial está sendo cumprida em Fartura.
As fraudes, ainda conforme o MP, eram cometidas no Paraná, São Paulo e também em Santa Catarina.
As investigações tiveram início a partir da Operação Déjà-Vu, também do Gaeco, que apura crimes contra a administração pública. Durante o período, foi identificado um grupo de empresários que teria se unido para fraudar licitações realizadas pelos municípios, focados especialmente nos certames na modalidade de pregão presencial, ainda conforme as investigações.
Como funcionava o esquema
O grupo criminoso, segundo o Gaeco, atuava da seguinte forma: os empresários ou representantes das empresas que participavam das licitações reuniam-se antes do julgamento das propostas e decidiam quais empresas seriam as vencedoras das licitações promovidas pelos municípios.
Na sequência, a “acerto” entre os empresários consistia na divisão, entre os interessados, dos lotes dos produtos licitados ou no pagamento de determinada quantia para que os concorrentes renunciassem à disputa.
A prática permitia que os responsáveis pelo esquema vencessem as licitações sem qualquer concorrência, ainda conforme as investigações, para arrematar os lotes dos produtos em valores muito próximos ao máximo previsto no edital, causando prejuízo aos cofres públicos.
O Gaeco informou que pelo menos 293 pessoas teriam participado das fraudes. Entre eles estão empresários, representantes e funcionários das empresas envolvidas.
FONTE: G1 PR
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