O deputado Michele Caputo (PSDB), coordenador da Frente Parlamentar do Coronavírus da Assembleia Legislativa do Paraná, defendeu nesta terça-feira (09) a aplicação da lei federal 14.006/2020 que estabelece o registro emergencial das vacinas contra a covid-19 em decorrência da pandemia, o que permitirá o início do processo de imunização da população, começando pelos profissionais de saúde e grupos prioritários como idosos, pessoas com comorbidades, indígenas e quilombolas.
"Não é uma situação comum. Não dá para trabalhar com o rito da Anvisa, como ninguém está trabalhando no mundo. As próprias vacinas levavam 20, 30 anos para serem desenvolvidas. Essa, os centros de pesquisa do mundo desenvolveram em menos de um ano”, afirma o deputado.
De acordo com a legislação vigente, a partir da data de apresentação do pedido de uso emergencial de uma vacina, a Anvisa tem 72 horas para dar um parecer. Se nada for feito, a autorização é automática. Países como o Canadá e Inglaterra já aprovaram o uso emergencial da vacina da Pfizer, sendo que este último inclusive já iniciou sua campanha de vacinação.
Antes mesmo do registro, Michele Caputo defende ainda que os governos federal, estadual e municipais já formalizem a intenção de comprar as vacinas que estão finalizadas ou em processo de finalização, como as vacinas do Butantan e da Fiocruz, além da própria Pfizer, e destacou as iniciativas nessa direção.
Prefeitos - "Fiquei muito satisfeito quando o ministro da Saúde (Eduardo Pazzuelo) mudou a sua posição, o próprio governador (Ratinho Junior) anunciou também uma posição muito inteligente de comprar vacinas, desde que aprovadas pela Anvisa”, comemorou o deputado.
Segundo ele, o objetivo é esse e iniciativas municipais também estão surgindo. “É preciso parabenizar o prefeito de Maringá (Ulisses Maia) que, assim como o (Rafael) Greca, de Curitiba, indicou a compra da vacina do Butantan. Os prefeitos de Ponta Grossa (Marcelo Rangel) e de Foz do Iguaçu também manifestaram interesse", disse.
Caputo lamentou a demora do governo federal em formalizar a compra das vacinas da Pfizer, o que resultou em apenas 2 milhões de doses até março de 2021, apesar do anúncio de compra de 70 milhões de doses. "O que tiver de vacina disponível, tem que ser comprado".
"Nós precisamos vacinar o quanto antes possível, e ninguém tem condição de atender rapidamente, nem mesmo os grupos prioritários, com uma única empresa no Brasil. Todo mundo que registrar está apto a vender e estes produtos tem que ser utilizados e o Paraná tem que comprar. Nós colocamos dinheiro e tem que comprar, como o próprio governador já sinalizou", completou.
FONTE: ALEP
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