O deputado estadual Michele Caputo (PSDB) visitou o Instituto Butantan nesta quinta-feira, 26, com o deputado Alexandre Amaro (Republicanos). O objetivo foi acompanhar o planejamento para a produção da vacina contra a covid-19, em parceria com o laboratório Sinovac, e conhecer a linha de produção de vacinas do Instituto.
“Recebemos informações de várias ordens, quantitativos, estimativa de preços, possibilidades de compra e venda. A previsão de produção é em torno de 46 milhões em janeiro, chegando até cerca de 100 milhões em maio. Se depender do Butantan será colocado tudo isso a serviço do Programa Nacional de Imunizações, ou seja, à disposição de todos os estados através do SUS”, contou Caputo.
“O ideal seria que o Ministério da Saúde comprasse as vacinas e as entregasse aos estados. Se os governos estaduais precisarem complementar além dos prioritários, podem e devem fazê-lo. O Paraná tem a disponibilidade de colocar R$ 200 milhões para compra das vacinas – R$ 100 milhões da Assembleia e outros R$ 100 milhões previstos no orçamento do Executivo para 2021”, comentou.
O Estado, ainda de acordo com Michele Caputo, pode optar pela assinatura de um protocolo de intenções com o Instituto. “Isso não amarra a necessidade de compra nem hoje, nem amanhã, mas mostra uma boa vontade, e o Paraná, com isso, sai na frente. Com o protocolo de intenções, o Butantan reafirma o interesse em ter essa parceria, mas é uma decisão do Executivo. Nós, como poder Legislativo, vamos só recomendar”, completou.
INSTITUTO – Principal produtor de imunobiológicos do Brasil, o Instituto confirmou nesta semana que o estudo clínico da CoronaVac chegou à fase final e os resultados sairão já na primeira semana de dezembro, o que pode permitir que essa seja a primeira vacina disponível para a população – após aprovação e registro na Anvisa. Também está em obra uma fábrica para produção da nova vacina. A previsão de conclusão é de até 10 meses, com um custo de R$ 160 milhões.
Na visita, Caputo foi recebido pelo diretor do Instituto, Dimas Tadeu Covas. “A pandemia mostrou a necessidade de uma soberania na área das vacinas. Ao produzir e comercializar a vacina contra a covid-19 reforçamos nosso compromisso de melhoria da saúde pública”, enfatizou Covas. Toda a produção de vacinas do Instituto é voltada ao Ministério da Saúde.
VISITAS – O deputado confirmou também outra reunião nesta sexta-feira, 27, em São Paulo, com a diretoria da farmacêutica multinacional Pfizer. A Pfizer e a BioNTech firmaram um acordo para o desenvolvimento e a distribuição conjunta de vacina de prevenção às infecções causadas por covid-19, a BNT162.
Na próxima semana também está prevista uma visita à Fiocruz, no Rio de Janeiro, que será responsável pela produção da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford (Reino Unido), em parceria com a AstraZeneca. Na última semana, Caputo também esteve no Tecpar, que tem tratativas para realizar testes e produzir a vacina russa Sputinik V.
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