O deputado federal Pedro Lupion, inconformado com a notícia do fechamento de 40 unidades do Colégio Sesi no Paraná, especialmente as duas escolas da região instaladas nas cidades de Santo Antônio da Platina e Bandeirantes, iniciou na sexta-feira (14) articulações junto à central do sistema Sesi-Senai em Brasília e na Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), numa tentativa de impedir a descontinuidade dos colégios na região do Norte Pioneiro do Paraná.
“Precisamos encontrar uma saída para a situação. Não podemos perder uma instituição fundamental na formação intelectual e profissional como o Colégio Sesi, reconhecido pela qualidade do ensino que proporciona a seus milhares de alunos”, assinalou à Tribuna do Vale, em seu escritório de Santo Antônio da Platina, sede de sua base eleitoral e onde reside.
No esmo momento em que atendia a reportagem o parlamentar recebeu a visita do ex-prefeito de Santo Antônio da Platina, Flávio Luiz Maiorky, que foi manifestar a mesma preocupação com o provável fechamento da unidade do Colégio Sesi na cidade. A sede da Fiep e as unidades do Sesi e Senai foram instalados no município na gestão de Maiorky, que administrou a cidade entre os anos 1997 a 2004.
“Foi uma grade luta para trazer a sede da Fiesp para Santo Antônio da Platina e não podemos perder essa conquista agora”, alerta, assinalando que a conquista teve como grande patrocinador o platinense e ex-presidente da Fiep, já falecido, José Carlos Gomes Carvalho, o Carvalhinho, que também foi senador.Lupion, durante a entrevista, falou com uma das coordenadoras nacionais do Sistema Sesi-Senai, que garantiu que levaria o pleito do parlamentar durante uma reunião que aconteceria à tarde para tratar do assunto. “Sempre fomos parceiros de vocês no Congresso, espero que agora haja recíproca, encontrando uma saída para o impasse”, falou ao celular com a coordenadora, sem identifica-la à reportagem.
O parlamentar reconhece que o corte de 80 por cento dos repasses ao Sistema S, atingiu duramente instituições como Sesi-Senai, Sest-Senat (transportadores) e Senar (rural), entre outros, mas vê saída com recomposição das prioridades e até mesmo em aumento das mensalidades aos estudantes. “O que não podemos é deixar que de desestrutura uma das principais ferramentas de desenvolvimento profissional e social existente em nossa região”, conclui.
Colégio Sesi passa por ampla reformulação no Paraná
Decisão por fechamento de algumas unidades ainda está em análise e pode ser revista caso sejam encontradas soluções de sustentabilidade para as escolas
Diante da repercussão gerada pela possibilidade de encerramento das atividades de algumas unidades do Colégio Sesi no Paraná, o Sistema Fiep esclarece que a medida, ainda em análise, faz parte de um amplo processo de reformulação da instituição de ensino para o ano que vem.
A entidade explica que a Lei nº 13.415/2017, que introduz o novo Ensino Médio no país a partir de 2021, amplia a carga horária dessa etapa educacional e potencializa a integração do ensino regular com a formação técnica. “Essa obrigação legal nos traz grandes oportunidades, vindo ao encontro da missão de Sesi e Senai, que é qualificar profissionais para a indústria”, afirma o presidente do Sistema Fiep, Carlos Valter Martins Pedro.
“Como a razão da existência do Sistema Fiep é prestar serviços que agreguem valor à indústria, foi formulada uma nova proposta de ação para o Colégio Sesi no Paraná, que trará um currículo muito mais direcionando para a formação dos alunos de acordo com as reais necessidades do setor industrial”, acrescenta.
O Sistema Fiep ressalta que, com o aumento de qualidade que essa mudança exigirá, verificou-se que algumas unidades de menor porte e que possuem altos custos operacionais não teriam a sustentabilidade necessária para seguir em atividade a partir de 2021.
Cumprindo uma exigência legal, a descontinuidade dessas escolas precisou ser comunicada oficialmente à Secretaria de Estado da Educação até 31 de julho. Posteriormente, para que pudessem se planejar, gerentes, colaboradores e pais de alunos dessas unidades também foram comunicados, ressaltando-se que o serviço será preservado até o fim de 2020. A entidade destaca, ainda, que essas unidades respondem por apenas 19,4% do total de alunos do Colégio Sesi em todo o Paraná.
“Porém, pela qualidade e diferenciação do ensino que o Colégio Sesi sempre ofertou no Paraná, tal notícia gerou grande mobilização da sociedade na tentativa de encontrar alternativas para a preservação dessas unidades que atualmente têm custos operacionais inadequados”, afirma Carlos Valter. “Vemos com bons olhos essa movimentação e, diante disso, estamos buscando, caso a caso, junto com as comunidades que estão nos procurando, soluções de sustentabilidade para a continuidade dessas unidades”, esclarece o presidente do Sistema Fiep.
FONTE: JORNAL TRIBUNA DO VALE
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