O Paraná chegou nesta quarta-feira (22) a 1.017 novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para adultos na rede exclusiva de atendimento contra o novo coronavírus. A marca de mil foi ultrapassada com a abertura de 20 leitos no Hospital Regional de Guarapuava e seis no Hospital Regional do Litoral, em Paranaguá, ambos na macrorregional Leste.
A estrutura atual representa aumento de 76,5% em relação ao estoque de antes da pandemia, que era de 1.329 leitos. As UTIs foram montadas em apenas 130 dias e a previsão é alcançar 1.241 leitos em agosto, o que faria o Estado praticamente dobrar a oferta de unidades avançadas no Sistema Único de Saúde (SUS). Todos contam com respiradores, ventiladores e os sistemas de gases.
“Em poucos meses abrimos praticamente a totalidade de leitos de UTI que o Estado disponibilizou para a população nos últimos 30 anos. É uma conquista que nos ajudou a salvar inúmeras vidas. Todos eles contam com intensivistas, enfermeiros e os melhores equipamentos disponíveis no mercado”, afirma o governador Carlos Massa Ratinho Junior. “É um esforço muito grande para atender a população com dignidade”.
Destes 1.017 leitos, 194 já existiam e foram remanejados para atendimento exclusivo da Covid-19, e os outros 817 foram criados em hospitais públicos e filantrópicos credenciados nas quatro macrorregionais de Saúde ou em estruturas totalmente novas, casos dos hospitais regionais de Telêmaco Borba, Guarapuava e Ivaiporã. Esses leitos estão distribuídos em 54 unidades médicas de 33 municípios.
O governo também entregou novas alas nos hospitais universitários de Londrina (nova maternidade), Cascavel (ala de queimados), Ponta Grossa e Maringá (clínica para adultos), além de 1.557 leitos de enfermaria, 49 UTIs pediátricas e 70 enfermarias para crianças em todas as regiões do Estado. Os equipamentos ficarão como legado para a saúde pública após a pandemia.
ESTRATÉGIA – A estratégia regionalizada, adotada desde o começo de 2019 para atender o cidadão o mais próximo possível de casa e evitar o trânsito de ambulâncias, foi ampliada em 2020 na formatação dessa rede de leitos exclusivos para UTI. O Estado recebeu cerca de R$ 130 milhões dos outros Poderes e aportou recursos próprios com prioridade de investimento em estruturas permanentes já consolidadas nos municípios, em vez de abrir hospitais de campanha, que têm caráter temporário.
Em 22 de abril, por exemplo, a Secretaria Estadual da Saúde já havia contratado 532 leitos de UTI para adultos e 1.075 leitos de enfermaria. Em 22 de maio eram 564 de UTI e 1.080 de enfermaria, e em 22 de junho 749 de UTI e 1.171 de enfermaria. Nos últimos 30 dias houve aumento de 268 leitos de UTI e 386 de enfermaria. Na segunda-feira (27) serão entregues mais 14 leitos de enfermaria no Centro Hospitalar de Reabilitação, em Curitiba.
“Atuamos para expandir o quanto podemos, dentro do equilíbrio necessário e de um cronograma de investimento que levou em conta todas as dificuldades para comprar equipamentos e contratar as equipes”, afirma o secretário estadual da Saúde, Beto Preto. “Conseguimos manter ao longo de todo esse período a ocupação dos leitos dentro de um patamar controlável, atendendo todos os pacientes. Mas esses recursos são finitos e precisamos da colaboração da população para evitar a ampliação do contágio”.
HISTÓRICO – Antes da pandemia o Estado tinha 1.329 leitos de UTI para o Sistema Único de Saúde (SUS) espalhados pelo Paraná, além de 181 UTIs pediátricas. No geral, eram 3.603 leitos de atendimento especializado (públicos e particulares, adultos e infantis).
FONTE: AGÊNCIA ESTADUAL DE NOTÍCIAS
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