O presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, deputado Ademar Traiano (PSDB), anunciou na última quarta-feira (29) que o Poder Legislativo irá repassar o valor de R$ 100 milhões para o Poder Executivo efetuar a compra de vacinas contra a Covid-19.
A formalização desse repasse acontece na próxima segunda-feira (3) às 10 horas no Palácio Iguaçu e reunirá o governador Carlos Massa Ratinho Junior, a Mesa Executiva da Assembleia, composta pelo presidente Traiano, o primeiro secretário Luiz Claudio Romanelli (PSB) e o segundo secretário Gilson de Souza (PSC). Também presentes os secretários chefe da Casa Civil, de Saúde e da Fazenda e o líder do Governo na Assembleia, deputado Hussein Bakri (PSD). Os demais deputados acompanharão o evento através de uma videoconferência.
Segundo Traiano, a transferência no valor de R$ 100 milhões para o Estado será realizada com o compromisso de que esse recurso seja destinado para a compra da vacina contra o coronavírus. "Nós estamos dando mais uma contribuição para a sociedade paranaense com essa disponibilidade de recursos. É um gesto do Poder Legislativo em nome de todos os deputados e deputadas”.
O primeiro secretário da Assembleia, deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB), destacou que o governo tem feito esforços estratégicos para garantir a imunização dos paranaenses assim que possível. “Ouvimos o apelo feito pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior e decidimos repassar R$ 100 milhões do orçamento da Assembleia para que o governo possa fazer a aquisição de todas as vacinas quando estiverem disponíveis para compra para, de fato, imunizar toda a população paranaenses contra o coronavírus. É uma forma objetiva de poder virar essa página da pandemia”.
Parcerias - O Paraná tem parceria de cooperação técnica e científica com a China para iniciar a testagem e a produção da vacina contra a Covid-19, por meio do Tecpar (Instituto de Tecnologia do Paraná). O termo de confidencialidade com a empresa estatal chinesa Sinopharm permite que o estado participe da terceira fase de testes da vacina, que deve começar já em agosto. O Paraná também terá acesso ao resultado das duas primeiras fases da testagem e poderá fazer a produção da vacina assim que o produto chinês for aprovado.
Outra possível parceria do Paraná na testagem e produção da vacina poderá ser a Rússia. A cooperação técnica para conclusão dos testes do produto em desenvolvimento pelo Centro Nacional de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya já está em negociação. Junto com a pesquisa da Universidade de Oxford, no Reino Unido e da China, a vacina russa é uma das mais adiantadas, com a segunda fase dos ensaios clínicos já concluídos.
Pesquisas - Aproximadamente 130 vacinas contra a Covid-19 estão em desenvolvido em todo o mundo. O Brasil tem parceria com a Universidade de Oxford para produção da vacina, por meio da Fiocruz. Em estágio de desenvolvimento avançado, a vacina deve começar a ser produzida no início de 2021.
Já o Instituto Butantã, de São Paulo, está realizando teste da vacina desenvolvida pela Sinovac, da China. Com a testagem clínica em humanos iniciada, a previsão é de que o produto também comece a ser produzido no início do próximo ano.
FONTE: ALEP
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