O Governo do Estado já tem em mãos o novo mapa de cobertura vegetal do território paranaense. O Mapeamento do Uso e Cobertura da Terra que foi concluído pelo Instituto Água e Terra fornece a distribuição geográfica da tipologia de uso e cobertura. Os dados serão fundamentais para o monitoramento e planejamento periódicos de questões ambientais e socioeconômicas.
O novo desenho foi desenvolvido a partir de levantamentos feitos pelo Consórcio Araucária e servirá como ferramenta para a utilização racional do espaço geográfico. Os dados serão utilizados para propostas futuras de desenvolvimento econômico, norteando as tomadas de decisões, de acordo com a capacidade de suporte ambiental, frente aos diferentes manejos empregados na produção.
O secretário estadual do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, Marcio Nunes, disse que o trabalho é motivo de orgulho para a equipe, pois se trata de importante instrumento de gestão territorial. “Com esse trabalho realizado pelos técnicos do Instituto Água e Terra, podemos ter a dimensão atualizada da cobertura florestal do Paraná, das áreas ocupadas e suas características. E, principalmente, tomar decisões acertadas referentes ao desenvolvimento socioeconômico sustentável”.
O presidente do Instituto Água e Terra, Everton de Souza, falou sobre a importância do trabalho cartográfico para conhecimento da realidade ambiental do Paraná e como suporte para decisões de gestão. Segundo ele, é um instrumento de extrema importância para a sociedade de um modo geral, mas principalmente para os técnicos. Souza acrescenta que todos os empreendimentos e investimentos no Paraná têm características próprias que estão muito bem definidas nesse mapeamento de uso e cobertura do solo. “Motivo de orgulho para esquipe do Governo Estadual que agora tem essa ferramenta para nortear nossos técnicos”, afirmou.
VEGETAÇÃO – O mapeamento apresenta a vegetação em dois âmbitos: áreas de vegetação natural que são as florestas nativas (Floresta Estacional Semi-Decidual; Floresta Ombrófila Mista; Floresta Ombrófila Densa, Aluviais, Submontana, Montana e Altomontana) e as áreas antrópicas agrícolas que englobam os plantios florestais, ou seja, as espécies Nativa (Araucaria angustifolia) e Exóticas/Silvicultura (Pinus spp e Eucalyptus spp) e Sistemas Agroflorestais; a agricultura perene (Frutíferas perenes (café, seringueira, banana) e a agricultura anual (culturas de ciclo curto (milho, trigo, soja, tubérculos e hortaliças). O Bioma Mata Atlântica incide sobre 93% da área coberta pela floresta nativa.
Na área de 19.987.987,15 hectares do Estado, 29,117% são ocupados por florestas nativas (5.819.950,07 ha) e 6,466% por plantios florestais (1.292.507,40 ha).
Os espaços preenchidos pela agricultura correspondem a 0,683% (136.561,00 ha) de agricultura perene e 33,014% (6.598.748,26) de agricultura anual. Os campos e pastagens ocupam 25,321% (411.158,04 ha), as várzeas 1,354% (270.637,73 ha) e os corpos d`água 2,057% (411.158,04).
A área de mangue é 0,156% (31.140,24), a de restinga 0,087% (17.330,58) e a linha da praia com 0,003% (584,57 há). O Paraná ainda tem 0,061% (12.281,08) solo exposto/mineração; 1,445% (288.777,22 ha) de área urbanizada. A área construída ocupa 0,236% (47.062,31).
Gislene Lessa, engenheira cartógrafa e coordenadora da área de Cartografia do Instituto Água e Terra, disse que o trabalho é resultado de várias parcerias que agrupou técnicos especializados nas áreas de cartografia e sensoriamento remoto de diversas instituições interessadas nessa temática. “Hoje nós ficamos muito satisfeitos em poder apresentar o resultado, que demandou o empenho e tempo dos nossos técnicos, e que poderá ser utilizado pela sociedade em geral”.
O coordenador do Desenvolvimento Governamental e Projetos Estruturantes da Secretaria de Estado do Planejamento e Projetos Estruturantes, Nestor Braganollo, considerou que o apoio ao mapeamento concluído pelo Instituto Agua e Terra fornece a distribuição geográfica da tipologia de uso e cobertura do Estado. “As informações serão fundamentais para monitoramento e planejamento das questões ambientais e socioeconômicas do Estado. O Banco Mundial considerou a conclusão e disponibilização para a sociedade, um grande avanço do Estado na conscientização e concretização de um desenvolvimento mais equilibrado e sustentável”.
FONTE: AGÊNCIA ESTADUAL DE NOTÍCIAS
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