Sindicato Rural debate segurança no campo

O Sindicato Rural Patronal de Santo Antônio da Platina promoveu um debate na tarde de quinta-feira (7) sobre segurança pública no campo. A reunião aconteceu no Centro de Eventos do Parque de Exposições Alício Dias dos Reis e foi sugerida pelo pecuarista Fernando Xavier, em razão da preocupação dos produtores rurais com número de furtos e roubos ocorridos nos últimos dias em propriedades rurais do município.
O encontro teve a participação do presidente do Sindicado Patronal Rural, José Afonso Junior; do prefeito José da Silva Coelho Neto (PHS), Professor Zezão; do deputado federal Pedro Lupion (Democratas); da promotora de Justiça Kele Cristiane Diogo Baena; do presidente da Sociedade Rural do Norte Pioneiro, Luiz Januário; do comandante do 2º Batalhão de Polícia Militar de Jacarezinho, tenente-coronel Luiz Francisco Serra; do comandante da 4ªCompanhia de Polícia Militar de Santo Antônio da Platina, Marcos Fernando Sanches Alarcon; do secretário municipal de Agricultura, Pecuária e do Meio Ambiente, Luiz Carlos da Silva; do pecuarista Fernando Xavier, produtores rurais, entidades de classes e convidados. 
Xavier abriu o debate agradecendo o comandante-geral da Polícia Militar do Paraná, coronel Péricles de Matos, pela atenção da corporação ao problema, bem como ao Sindicato Rural Patronal por promover o encontro entre e os produtores rurais e os organismos de segurança. 

Em seguida o presidente do Sindicato Rural, José Afonso Junior, saudou os presentes destacando as ações da Polícia Militar e o compromisso da instituição com a classe dos trabalhadores rurais. “Sempre fomos muito bem atendidos pela Polícia Militar e, na medida do possível, colaboramos com investimentos importantes para o bom desempenho e funcionamento da corporação. Os nossos produtores rurais estão assustados com a violência no campo, e o objetivo desta reunião é encontrarmos meios de reprimir a criminalidade na zona rural de Santo Antônio da Platina”.
O comandante do 2º BPM, tenente-coronel Serra, disse aos produtores rurais que falta efetivo policial em todo o Estado para atender a demanda nos municípios, porém, que é possível desenvolver ações de inteligência para prender os criminosos que estão agindo na zona rural de Santo Antônio da Platina.  

“Tivemos fugas recentes na cadeia de Santo Antônio da Platina em que 75 presos fugiram. A PM já recapturou 45 foragidos e alguns deles foram presos em outras regiões, mas ainda temos cerca de 25 desses criminosos nas ruas praticando todo tipo de delito, principalmente furtos e roubos. Esses crimes na zona rural estão sendo praticados por esses bandidos, não se trata de quadrilhas especializadas. Já identificamos a maioria deles e alguns já foram presos. Vamos intensificar as ações para prender esses marginais que continuam causando pânico na população, pois sabemos que quem já foi vítima passou por uma experiência traumatizante”, assinalou o tenente-coronel.
A promotora de Justiça Kele Baena disse que após o início da pandemia de coronavírus o número de crimes de furtos e violência doméstica aumentou substancialmente. Ela sugeriu um plano de ação a curto, médio e longo prazo de repressão e prevenção a crimes na zona rural e a volta da Patrulha Rural. “A população está desarmada. A bandidagem precisa saber que existe um planejamento regional de segurança pública voltado para os moradores do campo. Infelizmente não é a pena que preocupa o criminoso, é a certeza de que ele será pego. Seria importante a volta da Patrulha Rural, pois a presença dos policiais no campo inibe as ações criminosas”, pondera.    
O deputado federal Pedro Lupion reiterou as observações do tenente-coronel Serra sobre a falta de efetivo policial em todo o Estado, e lembrou quando situação semelhante, há anos, ocorreu na região mobilizando as comunidades rurais. “O momento é de união, e a informação aliada à tecnologia pode nos trazer bons resultados. Precisamos nos organizar e agir em parceria com a Polícia Militar, que vai nos orientar sobre os planos de ação”, disse Lupion.

Agência de Inteligência

De acordo com o comandante da 4ª Companhia de Polícia Militar, capitão Marcos Alarcon, a zona rural de Santo Antônio da Platina tem cerca de dois mil quilômetros de extensão territorial. 90% do efetivo da Agência Local de Inteligência (ALI) estão disponíveis para as investigações e o policiamento na área rural e já traçou o perfil dos criminosos que agem no município.
“O Serviço de Inteligência da PM identificou que muitos desses marginais são menores de idade e foragidos do sistema carcerário. Não há organizações criminosas agindo no município, trata-se de criminosos que se unem para roubar armas, objetos de valor, pequenas quantias em dinheiro e veículos para serem usados em outros delitos semelhantes. No mês de abril, por exemplo, tivemos oito ocorrências de furtos e roubos na zona rural. Infelizmente a maioria das vítimas não registra boletim de ocorrência por medo, mas isso é fundamental que ocorra para prendermos os autores. A troca de informação entre a comunidade e a Polícia Militar é a arma principal contra a criminalidade”, aconselha.
O debate terminou com depoimentos de vítimas e propostas para a criação de um Conselho de Segurança para desenvolver as ações junto aos organismos de segurança e investimentos públicos e privados em tecnologia para reprimir e prevenir a violência no campo. 

FONTE: Luiz Guilherme - TANOSITE
FOTO: Antônio Picolli



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