"A goiaba vermelha produzida em
Carlópolis e consumida no país, é exportada aos países da União
Europeia: Espanha, Alemanha, Holanda. Essa goiaba não tem produtos
tóxicos e o café gourmet produzido no Norte Pioneiro já tem
o reconhecimento nacional e internacional", disse Romanelli.
Segundo Hiroshi Kubo, cão os
produtores que fazem "tudo isso acontecer" em Carlópolis e no Norte
Pioneiro. "Temos 900 propriedades de pequenos produtores de café que se
reuniram em torno de associações e cooperativas, se fortaleceram
e investiram em qualidade e produtividade. A goiaba é outro exemplo: há
muito tempo vem se investindo na produção da fruta. Temos também a
agropecuária leiteira que está desenvolvendo bastante na cidade", disse.
Resultados - Romanelli destaca
ainda a parceria com o prefeito Hirosshi e o apoio do Estado e do
governo federal à cidade e aos produtores. "Os produtores entenderam que
para acessar os mercados, o produto tem que ter
qualidade e Carlópolis e a sua produção são exemplos. É importante
destacar o esforço da prefeitura que faz a diferença porque tem uma
política de apoio que valoriza de forma muito intensa a diversificação
e, claro, a qualidade daquilo que está sendo produzido
no município".
"Por essas boas práticas que
Carlópolis e o prefeito foram premiados pelo Sebrae. O prêmio prefeito
empreendedor destaco justamente essas parcerias construídas com as
associações de produtores e cooperativas. Está aqui um
bom exemplo de política honesta e que pode mudar a realidade de forma
muito positiva", completou o deputado.
A medida prevista no acordo Mercosul-UE impede a
reprodução de produtos típicos de Carlópolis em outras regiões ou
países. Isso quer dizer, por exemplo, que o único café do Norte Pioneiro
que poderá ser comercializado em países da União
Europeia, é o grão produzido em cidades desta região. O acordo também
barra expressões como 'tipo', 'estilo' e 'imitação' na exportação.
Café - “Esse acordo é fantástico, preserva as
origens, dá ao pequeno produtor a possibilidade de oferecer um produto
com história e qualidade”, disse o presidente Associação de Cafés Especiais
do Norte Pioneiro do Paraná, Luiz Fernando de Andrade Leite, em entrevista à repórter Luciane Cordeiro do G1 Paraná,
O café foi o primeiro produto do Paraná a conquistar a indicação geográfica de procedência em 2012. O
produto da região é mais denso, devido a fertilidade do solo e média de
temperatura.
As plantações recebem cuidados diferenciados e todos os processos do
plantio a colheita são relatados em um caderno agrícola. Dessa maneira,
as empresa que compram os grãos e consumidores têm acesso as boas
práticas adotadas do plantio a colheita.
Para valorizar ainda mais os grãos produzidos, a associação estuda a criação de um código de rastreamento com as informações sobre a produção. “O café com indicação de procedência é o futuro, sem uma ferramenta como essa vai ficar quase que impossível permanecer na atividade”, conclui Luiz Fernando Andrade.
Goiaba - Com a única indicação geográfica de procedência do mundo, a goiaba produzida na região de Carlópolis se destaca pelo tamanho, em média tem 11 centímetros de altura –as comuns têm entre 7 e 8 centímetros -, e pelo peso, cada fruta pesa em torno de 300 e 350 gramas – o normal é ter em torno de 200 gramas. Além disso, a goiaba tem uma casca mais verdinha e é mais suculenta.
Essas características fazem a fruta ser única. Conquistar esse reconhecimento exigiu uma série de adaptações por parte dos produtores. “As propriedades precisaram se adequar, os barracões precisaram ser modernizados e os produtores passaram por capacitações. Os talhões foram identificados por quantidade de pé, idade, espaçamento e variedade. Produzimos as frutas ensacadas, o que é o nosso diferencial”, explicou o presidente da Cooperativa Agroindustrial de Carlópoli, Noriaki Akamatsu.
Os frutos são ensacados quando atingem o tamanho de 1,5 cm. “O acordo (Mercosul-UE) dá mais segurança e proteção ao produto, evita que possamos ser prejudicados comercialmente”, pontuou Noriaki Akamatsu, que cuida de 1.200 pés de goiaba e produz de 30 a 50 toneladas do fruto por safra. (Com informações do G1Paraná).
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