Pela proposta do deputado,
seria criada uma instituição para atuar de forma complementar ao
sistema único de saúde, podendo receber recursos do estado, municípios,
Governo Federal e entidades privadas com o objetivo
de garantir aos cidadãos o atendimento odontológico, já que boa parte
das doenças entram no organismo das pessoas pela boca e 45% de doenças
cardíacas tem início na cavidade bucal, segundo o InCor.
"Queremos garantir à população
um atendimento odontológico que chegue a todos. A rede pública hoje não
tem capacidade de absorver toda a demanda da população. Atendimentos de
cunho preventivo são realizados pelos municípios
de forma bastante eficaz, no entanto, procedimento curativos que
envolvem inclusive emergências sofrem com um gargalo, mas quem tem dor,
tem pressa. E quem quer melhorar a aparência para ter mais dignidade e
condições de mastigar alimentos, não deveria ter
que esperar tanto. O modelo para esta nova modalidade de atendimento
seria baseada na realização de convênios com consultórios particulares,
permitindo o atendimento rápido e eficiente", explica o autor da
proposta.
Cobra Repórter afirma ainda
que, hoje existem mais de 18 mil odontologistas que atuam no Paraná, que
podem ajudar o Estado a garantir o direito à saúde bucal aos cidadãos
do Estado, em especial àqueles que não são atendidos
com urgência nas portas de entrada das unidades do sistema de saúde e
que não tem condições de pagar tratamento particular.
“Na década de 90 foram criados
programas como Centros de Especialidades Odontológicas e o programa
Brasil Sorridente. No entanto, o caminho para que o paciente tenha
acesso ao tratamento é longo e o atendimento é limitado,
tanto em relação quantidade de atendimentos, quanto aos serviços
ofertados. Com o convênio com clínicas particulares, estes problemas
estariam solucionados diante do grande número de consultórios
disponíveis. Além disso, seria possível aumento do rol de serviços
ofertados”, defendeu Cobra Repórter.
O convênio da entidade a ser
criada como Fundação com o Estado permitiria investir ainda mais no
trabalho de conscientização e prevenção à cárie dentária, doença
periodontal e câncer de boca. Além de disponibilizar
procedimentos como implantes com respectivas próteses, confecção de
próteses totais e removíveis, ortodontia entre outros serviços que nos
dias são ofertados de forma a não suprir a grande demanda apresentada
pela população que, ou não tem condições de arcar
com os custos ou não pode esperar pela demora no atendimento.
Muitos problemas relacionados à
saúde bucal ainda acometem a população brasileira apesar de o país
contar com uma odontologia de ponta e referência mundial. O que falta é
acesso para todos.
Apesar de existirem esforços
do poder público em relação à prevenção em crianças e adolescentes
quando se fala em adultos e idosos, muito ainda precisa ser melhorada
tanto na quantidade de atendimento quanto no aumento
da diversidade de procedimentos a serem ofertados.
Nos últimos anos, houve queda
em todo o mundo de problemas relacionado com a cavidade bucal, no
entanto, em vários países a cárie dentária persiste como um grave
problema de saúde pública. Em 2003, dados de um grande
levantamento em saúde bucal denominado Levantamento Epidemiológico de
Saúde Bucal indicaram que somente na faixa etária de 12 anos, a meta
estabelecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para o ano 2000 foi
atingida (CPO-D de 2,78 – dentes em boca cariados,
perdidos ou restaurados). Em 2010 o levantamento é repetido e o índice
CPO-D cai para 2,1 o que realmente corrobora a importância de atitudes
preventivas. No entanto para as demais faixas etárias, não há resultados
a serem comemorados. Há muito a ser feito.
“Será um exemplo que o nosso
Estado dará ao Brasil, de eficiência e de mudança rápida e eficaz da
condição situacional que se encontra impossibilitada de atender e a
estancar à crescente demanda”, reforçou Cobra Repórter.
FONTE: ASSESSORIA DE IMPRENSA
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