“A Econorte rescindiu o contrato com prestadores de serviços de conservação da rodovia e, com isso, cerca de 30 colaboradores foram desligados. Caso não consiga reativar a operação na praça de Jacarezinho, nos próximos dias, não restará alternativa para a concessionária, que deverá promover novos desligamentos, estimando que aproximadamente mais 70 pessoas terão que ser demitidos”, afirma a nota enviada à Tribuna do Vale.
Além dos funcionários, também foram afetados cerca de 150 trabalhadores terceirizados que prestavam serviços à empresa, já sem vínculo contratual.
Os funcionários da Triunfo/Econorte são orientados a não dar entrevistas, mas entre eles o clima é de tensão e medo, uma vez que o emprego no pedágio é a única fonte de renda para dezenas de famílias.
IMBRÓGLIO
A disputa judicial envolvendo a manutenção da praça de Jacarezinho já dura mais de uma década. Instalado em 1997 entre Cambará e Andirá, na BR-369, o pedágio “se mudou” para Jacarezinho após o governo assinar um aditivo, no ano 2000, concedendo um trecho de pouco mais de 50 quilômetros da BR-153 (que vai desde a divisa entre Paraná e São Paulo até Santo Antônio da Platina).
Desde então a cobrança é feita no entroncamento da BR-369 com a BR-153, próximo à divisa com Ourinhos (SP). Pouco tempo depois o Ministério Público Federal pediu a volta do pedágio para Cambará alegando ilegalidade na concessão da BR-153.
Após inúmeras batalhas judiciais e liminares com suspensões e voltas da cobrança, em novembro de 2018 a justiça mandou a Triunfo/Econorte suspender novamente a operação da praça de Jacarezinho.
Em 28 de fevereiro deste ano o STJ (Supremo Tribunal de Justiça) havia suspendido os efeitos da decisão que impedia a cobrança na praça, entretanto, em 1º de março a 1ª Vara Federal de Jacarezinho determinou que a cobrança continuasse suspensa.
FONTE: Lucas Aleixo - Jornal Tribuna do Vale
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