Os vereadores (Fúlvio Boberg, Nilton Stein,
Edílson da Luz, Pastor André e Chiquinho Mecânico), representantes da
Prefeitura Municipal, integrantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB
Jacarezinho), Poder Judiciário, o Juiz Federal Rogério Cangussu participaram na
tarde de uma reunião na sede da Justiça Federal na tarde desta quinta-feira, 4.
Entre os assuntos debatidos foi sobre a possibilidade da
construção de um Centro de Detenção e Ressocialização no município de
Jacarezinho. Eles realizaram uma chamada através de vídeo conferência com
representantes do DEPEN diretamente de Curitiba que explicaram sobre o projeto.
“Um dos modelos que está dando certo é no município de
Cruzeiro do Oeste”, falaram pela vídeo conferência. As pessoas que participaram
presentes na reunião destacaram a importância da criação de uma comissão entre representantes
de vários seguimentos para conhecer a realidade dos municípios que já
instalaram.
O Presidente da Câmara Municipal Fúlvio Boberg lembrou que
no ano de 2013 os vereadores realizaram uma visita até o município de Cruzeiro
do Oeste. “Lá também aconteceu a construção de um CDR. Estivemos na unidade
prisional conversamos com moradores, comerciantes e lideranças. Eles foram
positivos com o aumento da segurança e também o giro no comércio local”, lembra.
O representante do Sindicato Rural Patronal João Paulo
Calomeno destacou que é muitas pessoas estão falando sobre a construção de um
CDR que ficaria pronto apenas daqui uns dois anos. “Todos falam que a delegacia
no centro da cidade é um barril de pólvora. É preciso pensar numa medida urgente
para a segurança na área da cidade”, comenta Calomeno.
Problemas
No dia 25 de fevereiro o Juiz Criminal Renato Garcia esteve
na Câmara Municipal e explicou que atualmente na delegacia de polícia, na área
central do município, estão 119 presos (até a noite da explicação) num espaço
para 40 detentos. Um dado alarmante que
ele destacou é que seriam necessários mais de 2.500 vagas no Sistema Prisional
para comportar todos as pessoas com sentenças somente do Norte Pioneiro. “Com a
construção do CDR, o prédio que atualmente está a Delegacia na área central
seria desativado e poderia ter uma outra finalidade para o Poder Público”,
explica o Juiz Renato Garcia.
Segundo o Juiz Alarico Francisco Rodrigues de Oliveira
Junior o local que deverá ser construído o Centro de Detenção e Ressocialização
deverá ter no mínimo 2 alqueires, com rede de esgoto próxima e alguns pontos
técnicos para a segurança”, comenta.
Outro ponto alertado pelo representante do Poder Judiciário
é que a construção iria gerar um investimento de aproximadamente R$ 27 milhões
na área na construção (com materiais e mão de obra) e seriam abertas
aproximadamente 300 vagas de empregos diretas através de Concurso Público.
“Seriam centenas de famílias de funcionários que iriam alugar casas ou
construir na cidade, utilizar farmácias, supermercados, entre outros pontos do
comércio que iriam girar na economia local”, enfatiza.
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