A piracema, período em que a pesca de espécies nativas fica proibida,
termina nesta sexta-feira. A partir de 1º de março está liberada a
pesca amadora e profissional de espécies nativas como dourado, bagre,
jaú, pintado, lambari, jundiás e surubim. A exceção é a piracanjuva
(Brycon Orbignyanus), que consta na lista de espécies ameaçadas de
extinção. O término da proibição foi anunciado nesta quinta pelo
Instituto Ambiental do Paraná (IAP).
Espécies consideradas exóticas, que foram introduzidas no meio
ambiente pelos seres humanos, como bagre-africano, apaiari, black-bass,
carpa, corvina, peixe-rei, sardinha-de-água-doce, piranha preta,
tilápia, tucunaré, além de híbridos – organismos resultantes do
cruzamento de duas espécies – não entram na restrição da piracema e a
pesca fica liberada o ano todo.
Fiscais do IAP e da Polícia Ambiental reforçam a fiscalização para
garantir que não ocorram excessos, descumprimento do tamanho de captura
das espécies e desrespeitos às normas ambientais no retorno da atividade
pesqueira no Estado. A apresentação da documentação de autorização de
pesca amadora e profissional é obrigatório para quem pratica a
atividade.
PENALIDADES - Aos infratores serão aplicadas as
penalidades e sanções previstas na legislação. Quem flagrado pescando em
desacordo com as determinações será enquadrado na lei de crimes
ambientais. A multa varia de R$ 700,00 por pescador e mais R$ 20,00 por
quilo ou unidade de peixe pescado. Além disso, os materiais de pesca,
como varas, redes e embarcações, poderão ser apreendidos pelos fiscais.
PIRACEMA – A piracema iniciou em 1º de novembro do
ano passado e tem como objetivo proteger o estoque de peixes nativos no
Estado. É durante esse período que a maioria das espécies nativas estão
em fase migratória e reprodução.
“Nas bacias do Paraná e Iguaçu existem mais de 100 espécies de peixes
de diferentes comportamentos, parte destas consideradas espécies
migradoras. Elas reproduzem pelo menos uma vez ao ano, sendo no período
mais quente do ano”, explica o chefe regional do IAP de Toledo, Taciano
Cesar Freire Maranhão.
FONTE: Agência Estadual de Notícias
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