Com a decisão de aceitar o convite para ser ministro
da Justiça do governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), o juiz
federal Sergio Moro deixará de comandar os processos da Operação Lava
Jato, o que inclui os dois pendentes do ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva (PT). As informações são de Nathan Lopes no UOL.
Ao anunciar que será ministro de Bolsonaro, Moro afirmou que, "para evitar controvérsias desnecessárias", deve se afastar "desde logo" das audiências da Lava Jato em Curitiba.
Com isso, Moro deixará, por exemplo, de interrogar,
no próximo dia 14 de novembro, Lula no âmbito do processo do sítio de
Atibaia. A audiência, se for mantida nessa data, deverá ser conduzida
pela juíza substituta da 13ª Vara da Justiça Federal no Paraná, Gabriela
Hardt. Ela já assumia a posição de Moro durante as férias do
magistrado.
Fontes do UOL apontam que Gabriela tem perfil
discreto e firme, semelhante ao de Moro. Alguns chegam a considerá-la
até mais "dura" que o magistrado. "Comprometida, estudiosa, sempre
atenciosa com as partes. Ao mesmo tempo que é muito séria e, ao meu ver,
bastante imparcial nos julgamentos", disse um advogado que atua em
ações da Lava Jato.
A última audiência da qual Moro participou na Lava
Jato aconteceu na quarta-feira (31), em que ouviu o ex-presidente da
Câmara Eduardo Cunha. Na sessão, houve discussão entre o juiz e um dos
advogados do parlamentar cassado.
Moro comandava três processos em que Lula é réu na
Lava Jato. Apenas um deles já teve sentença proferida, o do tríplex, o
que aconteceu em julho do ano passado.
A próxima sentença seria na ação que envolve um
terreno que serviria para a instalação do Instituto Lula e o aluguel do
apartamento vizinho ao dele em um prédio em São Bernardo do Campo (SP).
Nos próximos dias, Moro já estaria apto a
apresentar sua decisão nesse processo.
apresentar sua decisão nesse processo.
Na última quarta-feira (31), a defesa do
ex-presidente apresentou as alegações finais na ação que apura um
esquema de corrupção envolvendo contratos entre a Petrobras e a
Odebrecht. Esse era o último passo antes que o juiz estivesse liberado
para apresentar sua sentença.
FONTE: Uol Notícias
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