Cerca de 150
agricultores se reuniram no barracão comunitário do Assentamento São Francisco,
na tarde desta quinta-feira (09), para acompanhar as orientações do superintendente
Regional do Instituto Nacional de Colonização e
Reforma Agrária (INCRA) no Paraná, Walter
Nerival Pozzobom, sobre como será o processo da regularização fundiária rural.
Pozzobom
acompanhado do assessor técnico do INCRA, José Jorge da Luz, e do analista do
INCRA, Oscar Godbak, fizeram uma explanação e tiraram as dúvidas de como serão
as etapas até os assentados obterem a titulação da propriedade. “Fiz questão de
vir pessoalmente a cada assentamento para anunciar que essa titulação esta
próxima e nossa equipe estará a disposição para ajudar a todos nesse processo”,
afirmou o superintendente. A previsão é que no começo do próximo
mês, após terminar o trabalho em Jundiaí do Sul, equipes do INCRA venham ao
assentamento para conversar com as famílias para analisar caso a caso e dar
andamento no processo de regularização que vai entregar a escritura nas mãos de
cada assentado.
A reunião contou também com a presença do
prefeito Wagner Martins (PSD), do Chefe de Gabiente, Eneucino Iel, e do
vereador Hélio Lopes da Silva (PMN), que manifestaram o apoio a realização da
regularização. “Para nós é muito importante receber a visita do superintendente
do Incra. Isso demonstra a seriedade desse trabalho que será a regularização
das propriedades dos assentados. Um sonho antigo, que trará muitos benefícios para
todos” enfatizou o prefeito.
Durante a
conversa, os moradores falaram da necessidade de regularização documental sobre
a posse de terra na localidade, mostrando-se esperançosos quanto ao desfecho
positivo. Muitos assentados ficaram animados também com o valor que será pago.
Segundo Pozzobom a regularização vai custar R$ 1 mil por alqueire, com 20 anos
de prazo para pagar. Os assentados ainda terão três anos de carência para fazer
esse pagamento, e nesse período só terão os custos de taxas. Caso tenham
interesse em quitar à vista terão direito a um desconto de 20%.
Participante
do assentamento desde o começo, há mais de trinta anos, Alfredo Marcolino, 56
anos, gostou muito do valor que terão que pagar. “Quando falaram sobre essa
regularização pensei que teria que pagar algo referente ao valor do lote ou
algo assim, não pensei que seria tão barato”, comemorou.
Marcolino
disse que a titulação vai ajudar a manter os jovens no assentamento. “É muito
bom para todos nós e assim podemos ter o documento que ajudar a tirar notas
para nossos filhos e assim eles não precisam ir embora procurar trabalho na
cidade”.
O
presidente do assentamento, José Pereira da Silva Neto, acredita que essa será
uma importante conquista. “Não ter esse documento é como se a terra não é não
fosse da gente de verdade. Tudo fica difícil, não podemos participar de
projetos de casas do governo, não podemos participar de cooperativas ou
conseguir empréstimos”, afirmou o agricultor.
FONTE: Priscila Dutra - Assessoria de Imprensa
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