CPI da Câmara de Jacarezinho começa a coletar depoimentos
21.6.18
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Jacarezinho
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara de Vereadores de Jacarezinho iniciou na última segunda-feira (18) a tomada de depoimentos de testemunhas referente às três denúncias que geraram uma investigação para apurar supostas irregularidades envolvendo a utilização indevida de equipamentos, servidores municipais e materiais do Município em empreendimentos particulares.
O primeiro a ser ouvido foi o vereador Sidnei Francisquinho (PHS), o Chiquinho Mecânico, autor da denúncia apresentada no plenário no Legislativo e que gerou o encaminhamento do caso ao Ministério Público Estadual (MP-PR), através do Gepatria - Grupo Especializado na Proteção ao Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa, núcleo de Santo Antônio da Platina.
Chiquinho confirmou todas as denúncias que já havia formalizado, assinalando que no caso específico envolvendo a utilização de equipamentos, materiais e servidores da prefeitura em um sítio pertencente ao empresário Avanilton Batista, constatado por ele mesmo, que inclusive registrou as imagens do que ocorria no local.
Além deste caso, ele citou obras de pavimentação realizada pela prefeitura em uma rua do loteamento Jardim Afonso e de uma rua em outro empreendimento particular ao lado da sede do 2º Batalhão da Polícia Militar, proximidades da BR-153, saída para Ourinhos (SP).
Em entrevista que concedeu à Tribuna do Vale, por telefone, o vereador assinalou que, antes de denunciar, procurou o prefeito de Jacarezinho, Sergio Faria (DEM), o Dr. Sérgio como é mais conhecido e este teria tentado demovê-lo da intenção de levar o caso ao plenário da Câmara.
Chiquinho Mecânico fez questão de assinalar que não duvida da idoneidade do prefeito, mas critica o fato de o administrador se omitir de uma fiscalização mais rigorosa da atuação de seus comandados. “Ele mesmo falou que está cansado de alertar para esse tipo de irregularidade, mas acabam cometendo essas barbaridades”, desabafou.
O vereador ressaltou que o prefeito, ao ser informado da formalização da denuncia e da criação de uma comissão de inquérito, preferiu aguardar o resultado das investigações para tomar as providências. “Ele me disse que, se confirmado a atuação dolosa de algum ocupante do primeiro escalão, irá exonerar o servidor”.
Segundo Sidnei Francisquinho, a CPI vai ouvir também seis funcionários da garagem municipal e os secretários José Antônio Costa, da Conservação Urbana: e, Carlos Lopes, da Agricultura. A comissão tem 120 dias para apresentar seu relatório final que será submetido ao plenário para votação. Se a conclusão for pela culpa do prefeito Sérgio Faria, o Legislativo poderá abrir uma comissão processante, que poderá recomendar a cassação de seu mandato.
TEXTO: Jornal Tribuna do Vale
Foto: Arquivo do BLOG
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