A governadora Cida Borghetti determinou o descongelamento da
data-base dos 310 mil servidores do Poder Executivo - entre ativos,
aposentados e pensionistas. O projeto de lei será encaminhado nesta
segunda-feira (25) para a Assembleia Legislativa, propondo o reajuste de
1% a todos os funcionários do Estado.
A governadora reforçou em reunião com representantes de servidores a
decisão de descongelar a data-base e ampliar os debates. “O Paraná vem
se destacando ao longo dos últimos anos pela sua gestão financeira
responsável, aliada à capacidade de investimentos. Técnicos da
Secretaria da Fazenda analisaram diversos cenários para avaliar o
impacto do reajuste nas contas do Estado. Este foi o índice possível
para o momento”, afirmou.
“Vamos manter o diálogo franco, permanente e transparente com os
representantes dos servidores para avançar nas demandas, com
responsabilidade e zelo com as contas públicas”, completou a
governadora, que também determinou o pagamento de R$ 281 milhões para a
quitação das promoções e progressões dos servidores estaduais em 2018. A
medida vai beneficiar funcionários públicos de diversas áreas do
Executivo que já cumpriram os requisitos necessários para a aquisição
desses benefícios.
No ano passado, o Estado pagou R$ 1,4 bilhão para colocar em dia
avanços de carreira para 94 mil servidores, quitando valores relativos a
benefícios adquiridos nos anos de 2015, 2016 e 2017. A maior parte dos
beneficiários era da Educação.
CRESCIMENTO - A folha de pagamentos mensal do Governo do Estado é de
R$ 1,7 bilhão, incluindo servidores da ativa e inativos. O valor é
praticamente o dobro em relação a 2010. Além de reajustes reais
concedidos para diversas carreiras, a despesa salarial do Executivo
enfrenta um crescimento vegetativo, entre 5% e 6% ao ano, principalmente
em razão da implantação de benefícios por tempo de serviço.
Por lei, o servidor estadual recebe 5% de reajuste a cada 5 anos, até
completar 30 anos de carreira (26 anos para professoras), até o limite
de 25%. Quem permanece na ativa tem direito a mais 5% por ano excedente,
até alcançar um acréscimo de 25%. As progressões também são pagas a
partir da conclusão de cursos de qualificação profissional realizados
pelo funcionalismo.
RESTRIÇÕES LEGAIS – O reajuste proposto pelo governo respeita o
acordo firmado com a União a partir da adesão do Paraná ao Plano de
Auxílio aos Estados (Lei Complementar 156/16), criado em razão da grave
crise econômica nacional que afetou as receitas dos governos regionais. A
medida permitiu o alongamento do prazo final para o pagamento da dívida
com o governo federal em 20 anos. Em contrapartida, houve o compromisso
de não elevar as despesas correntes acima dos índices inflacionários.
Com o acordo, o Paraná deixou de pagar R$ 1,9 bilhão para a União e o
recurso foi empregado em novos investimentos. O contrato original da
dívida foi formalizado há quase e possibilitou a reestruturação e
liquidação do Banestado. Atualmente, a dívida soma cerca de R$ 10,3
bilhões e a quitação estava prevista para 2028. O prazo será estendido
para 2048.
Outro aspecto que precisa ser respeitado são os limites da Lei de
Responsabilidade Fiscal (LRF). Hoje, o Paraná está no limite de alerta
para as despesas com pessoal, com o comprometimento de 46,23% da receita
corrente líquida (RCL), segundo relatório quadrimestral apresentado em
abril. O limite prudencial, que já impõe sanções ao Estado em relação ao
gasto com pessoal, é de 46,55%, e o limite máximo é de 49%.
Além disso, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2018
restringiu qualquer opção de reajuste à disponibilidade orçamentária e
financeira, além de impor como condição o respeito as imposições do
acordo com a União e da Lei de Responsabilidade Fiscal.
FONTE: Agência Estadual de Notícias
Cida propõe descongelamento da data-base de servidores do Estado
25.6.18
Tags:
Governo do Estado
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