Há vários golpes inseridos no crime de estelionato, entre os mais
comuns estão golpe do bilhete premiado, torpedo premiado, falso
sequestro, carro quebrado, envelope vazio, confirmação dos dados, falsa
casa na praia, entre outros. A Delegacia de Estelionato, da Polícia
Civil do Paraná, preparou uma série de dicas de segurança para evitar
que as pessoas caiam em algum tipo desses golpes.
O crime de estelionato – onde o autor obtém vantagem ilícita em
prejuízo alheio – prevê uma pena de prisão de até cinco anos e multa.
Neste crime, a princípio, não há violência e nem grave ameaça. A arma do
estelionatário é o poder de convencimento, a persuasão.
Para a delegada-adjunta da Delegacia de Estelionato, Vanessa Alice, o
poder de convencimento desse tipo de criminoso é bastante abrangente.
“Em alguns golpes eles se passam por pessoas humildes para enganar suas
vítimas, que acabam acreditando e caem no golpe, como é o caso do Golpe
do Bilhete Premiado”, disse.
“Quando a oferta é demais, desconfie. Não existe dinheiro fácil,
principalmente oriundo de pessoas desconhecidas. Tudo o que parece ser
muito vantajoso, deve ser avaliado com cautela, buscando sempre
informações, evitando assim ser vítima de um golpe”, acrescentou a
delegada.
De acordo com a polícia, muitos casos nem chegam ao conhecimento da
autoridade policial por receio ou vergonha da vítima em ter se deixado
enganar. Não deixe de procurar a polícia se você passar por alguma das
situações abaixo.
GOLPES - BILHETE PREMIADO: caso apareça alguém com um bilhete de
loteria premiado, desconfie. É um golpe. O golpista diz que precisa de
ajuda para retirar o prêmio e, com a ajuda de outras pessoas (também
estelionatários), enganam a vítima, que acaba dando uma quantia em
dinheiro e fica com o suposto bilhete, que de premiado não tem nada.
TORPEDO PREMIADO: a vítima recebe torpedos SMS (mensagens via
celular) informando que ganhou um prêmio. Ela entra em contato com o
número e acaba colocando crédito para algum número de celular ou mesmo
depositando dinheiro em determinada conta. Os estelionatários também
usam nomes de programas de televisão para enganar as vítimas.
FALSO SEQUESTRO: a vítima recebe uma ligação no seu celular. Do outro
lado da linha alguém diz que está em poder de seu filho (a), ou um
parente e exige dinheiro para libertá-lo (a). A pessoa não pode se
apavorar e deve fazer contato com a suposta vítima do sequestro. Outra
dica: peça para o “sequestrador” perguntar ao “sequestrado” algo que só
ele saiba, como o nome do seu cachorro, o número do seu celular, time de
futebol preferido.
CARRO QUEBRADO: O estelionatário se passa por parente ou conhecido da
vítima, dizendo que está com o carro quebrado e que precisa de dinheiro
para o guincho ou para pagar o mecânico. Acreditando que o parente ou
conhecido está com dificuldades, realiza o depósito bancário ou ainda
coloca crédito de celular para supostamente realizar contato com a
seguradora.
ENVELOPE VAZIO: típico golpe realizado em transações comerciais, como
na compra e venda de produtos. Ex: carros, celulares. O estelionatário
faz a compra de determinado produto, pagando via depósito em um envelope
sem o dinheiro. Ele apresenta o comprovante de pagamento, a vítima
entrega o produto, descobrindo mais tarde que sofreu um golpe, pois o
envelope estava vazio. Dica para não cair neste golpe: confirme junto ao
banco se o valor depositado foi devidamente descontado ou se está
bloqueado. Se estiver bloqueado, trata-se de golpe.
CONFIRMAÇÃO DE DADOS: o estelionatário liga para a vítima se passando
por funcionário de determinada empresa, dizendo que precisa que a
vítima confirme alguns dados para fins de atualização do sistema. A
vítima passa os dados e o estelionatário os utiliza para transações
comerciais em nome da vítima. Nunca passe seus dados por telefone.
FALSA CASA DA PRAIA: típico golpe realizado no final de ano. O
estelionatário coloca um anúncio em algum site, ofertando uma casa para
alugar na praia, com as fotos e um preço atrativo. A vítima entra em
contato com o suposto proprietário, dá uma entrada (sinal) e depois o
estelionatário some. Não alugue um imóvel de uma pessoa que não é
profissional na área. Se você vai fazer um negócio (exemplo: comprar um
imóvel), procure alguma pessoa que tenha conhecimento sobre o assunto,
um advogado ou corretor de imóveis.
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