A Comarca de Ribeirão do
Pinhal, formada pelos municípios de Abatiá, Jundiaí do Sul e Ribeirão do
Pinhal, deu início à implantação do Programa da Família Acolhedora. Como parte
do processo, o Ministério Público, em parceria com a Prefeitura de Ribeirão do
Pinhal, promoveu nesta segunda-feira (09), no Centro Cultural, a audiência
pública para debater com membros da comunidade dos três municípios pontos
importantes do programa.
O promotor de Justiça, José
Paulo Montesino Gomes da Silva, abriu a audiência falando sobre a importância
do Programa Família Acolhedora e de como o processo de implantação tem
caminhado aqui na Comarca. “São muitas as dificuldades para dar assistência
adequada a essas crianças que já estão vivendo um momento difícil e
precisávamos tomar uma providência para garantir o melhor para os três
municípios. Essas medidas poderiam ter sido impostas, mas conseguimos chegar a
um consenso pelo diálogo. Conversei com os três prefeitos sobre o programa e
eles abraçaram a ideia. As Leis que regulamentam o programa em cada municípios já
foram aprovadas e agora vamos dar continuidade”, explicou o magistrado.
O prefeito de Ribeirão do
Pinhal, Wagner Martins, ressaltou o quanto conhecer mais sobre o programa é importante para entender como
seria uma boa alternativa. “O primeiro contato pode gerar um preconceito em
relação as dificuldades que podem estar associadas, mas conhecendo mais a
fundo, em reuniões como essa audiência pública, as pessoas podem entender que é
um programa que vai trazer inúmeros benefícios para cuidar com maior atenção de
nossas crianças e adolescentes em situação de risco. Por mais que a casa abrigo
tenha estrutura e bons profissionais, nada substitui a relação humana que
acontece numa família”, complementou Martins
A secretaria Municipal de Educação e Abatiá e também primeira dama,
Anivalda Negrão – representando o prefeito, Nelson Garcia Júnior – parabenizou
a iniciativa e falou sobre a importância das famílias para desenvolvimento das
crianças e adolescentes.
“Acreditamos que esse é o melhor caminho para nossas crianças, vítimas
de situações que lhes roubaram a dignidade, terem a oportunidade de conhecer a
experiência de um verdadeiro convívio familiar”, afirmou o prefeito de Jundiaí
do Sul, Eclair Rauen.
Segundo o promotor apenas 20 municípios em todo o estado do Paraná já
tem o programa implantado, atendendo aproximadamente 130 crianças. Um número
pequeno diante da dimensão do problema.
A assistente Social e Coordenadora do Programa Família Acolhedora da
cidade de Cascavel Neusa Eli Figueiredo Cerutti participou da audiência e falou
um pouco da experiência de trabalhar com o programa no município que tem
apresentado os resultados mais positivos. “Nesses dez anos que trabalho com o
Família Acolhedora me sinto privilegiada em poder devolver a esperança a essas
crianças. No Brasil são 47 mil crianças e adolescentes estão em situação de
acolhimento,vivendo sem perspectiva. Cada vez mais vejo o quanto as crianças
precisam de família e não de abrigo, pois é na família que nos construímos como
sujeito”, salientou.
Este
é um programa de acolhimento em que famílias são cadastradas e preparadas para
acolher temporariamente, em suas residências, crianças e/ou adolescentes
afastados da família de origem. Do ponto de vista legal, deve organizar-se
segundo os princípios e diretrizes do ECA (Estatuto da Criança e do
Adolescente). O acolhimento é provisório, até que seja viabilizada uma solução
de caráter permanente para a criança ou adolescente – reintegração familiar ou,
excepcionalmente, adoção.
A equipe técnica, durante esta segunda e terça-feiras,
recebeu treinamento sobre a atuação do programa. O próximo passo será começar a
selecionar as famílias interessadas em participar do programa.
Estiveram presentes secretários municipais de
assistência social, membros da equipe técnica que vão trabalhar com o programa,
conselheiros tutelares e pessoas da comunidade, dos três municípios que compõem
a Comarca.
FONTE: Priscila Dutra - Assessoria Prefeitura
0 Comments:
O que você achou desta matéria???