O número de incêndios ambientais registrados em abril, em Santo Antônio da Platina, está bem acima da média para o período. De acordo com o Corpo de Bombeiros, a corporação tem atendido, em média, 10 ocorrências diárias, e para isso foi preciso estruturar uma equipe específica na escala de sobreaviso para não atrapalhar os atendimentos do cotidiano como, por exemplo, acidentes e combates a incêndios em edificações.
No fim da manhã desta sexta-feira (27), mais um incêndio ambiental de grandes proporções consumiu cerca de dois hectares de vegetação no Morro do Bim. A área pertencente ao município e, constantemente é alvo de sinistros desta natureza, a grande maioria de origem criminosa.
No caso em questão, o incêndio foi combatido por uma equipe da Secretaria Municipal de Agricultura e do Meio Ambiente, que utilizou aproximadamente quatro mil litros de água para extinguir as chamas. “Assim que percebemos a fumaça iniciamos imediatamente o combate ao incêndio. Os danos só não foram maiores, porque a intervenção foi rápida. No ano passado, nesta mesma época, um incêndio com as mesmas características consumiu quase o dobro da área queimada nesta sexta-feira”, disse o diretor municipal do Meio Ambiente, José Ricardo Arruda.
De acordo com o comandante do Corpo de Bombeiros de Santo Antônio da Platina, Tenente Luciano Alberto de Souza Camilo, a maioria dos incêndios ambientais tem origem criminosa, e o melhor combate é a prevenção. “Algumas pessoas ainda insistem em queimar o lixo doméstico ao invés de aguardar o processo de recolhimento através do serviço público, e em muitos casos ações como essas dão origem a incêndios ambientais com danos imensuráveis. Também ocorrem muitos casos propositais, em que pessoas, por prazer, ateiam fogo no mato. Essas pessoas só terão noção da gravidade do problema, talvez, quando elas ou alguém se suas famílias sofrerem as consequências de suas próprias ações”, adverte. “Uma frase clichê diz que o incêndio ocorre onde a prevenção falha. É fato! Porém, somente a conscientização das pessoas pode mudar esta triste realidade”, avalia.
FONTE: Luiz Guilherme - TANOSITE
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