Nuvens
de insetos sobrevoando plantações costumam significar tempos difíceis
para o agricultor de qualquer região do Brasil. A não ser quando esses
mesmos insetos são liberados intencionalmente pelos próprios
produtores.
É
isto que estão fazendo os produtores Fabiano Rodrigues Ferreira, Mauro
Franco e Rodrigo Cenizo. Cansados de investir pesado no controle de
pragas pelo método convencional, onde é necessária a aplicação de
defensivos químicos para o controle das pragas, os produtores rurais de
Cambará estão apostando em armamento mais tecnológicos para o combate da
praga da soja. Trata-se do controle biológico na lavoura.
A
técnica baseia-se no uso de insetos que se alimentam de ovos e larvas
das pragas. “O objetivo é reduzir o uso de produtos químicos na lavoura,
os custos com o seu manejo e os impactos que causam ao meio ambiente”
conta Cenizo. De acordo com Cenizo, a técnica está sendo implantada em
Cambará em parceria com a empresa BUG, que desenvolve a tecnologia desde
de 2005 com resultados promissores. O primeiro com o novo armamento de
combate as pragas foi efetuado com sucesso, segundo revela o Engenheiro
Agrônomo.
De acordo com Tarciso Soares de Oliveira Junior,
(foto ao lado) responsavel da BUG
no projeto em Cambará, as vespinhas
(Telenomus Podisi) são criadas em laboratórios, embaladas em recepiente
próprio e soltas na região afetada pelo percevejo. Um drone é usado na
soltura dos agentes biológicos garantindo a eficácia da aplicação. A
pesquisa, aliada ao uso de drones, devem dar ainda mais fôlego para a
expansão da tecnologia na região. Uma recente visita ao campo
experimental apontou que a aplicação apresentou resultados acima das
expectativas. Pelas análises prelimináres, dos técnicos anunciam que a
guerra de insetos já começou. A iniciativa ainda é vista com ceticismo
pela maioria dos produtores ouvidos pela reportagem, mas se depender dos
resultados promissores até agora, é bem possivel que a tecnologia deve,
pelo menos a médio prazo, alterar a cultura de uso de veneno nas
lavouras.
Crédito do texto e foto: Roberto Francisquini - Circulando.Aqui
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