O ministro avaliou ainda que há vários fatores que pesam nessa decisão. “Entre fatores que pesam, um é a questão das composições dos partidos. Outro fator que é importante é ter uma boa coalizão, uma vez que há muitos partidos no Brasil e muitos congressistas em cada um deles. Há também a questão do bem-estar econômico da população. E por fim, há uma decisão pessoal final”, destacou.
Na entrevista para a CNBC, Meirelles afirmou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera as pesquisas de intenção de voto das eleições de outubro porque as pessoas “têm boas lembranças do seu governo”. “A inflação estava sob controle e houve criação de empregos, especialmente nos primeiros anos do governo. Eu sei muito bem porque estava no Banco Central.”
Para o ministro, a população tem um “sentimento misto” em relação ao governo petista, porque a ex-presidente Dilma Rousseff “levou país à maior e mais longa recessão da história”.
O ministro avaliou ainda que amanhã é um “momento crítico para Lula”, em referência ao julgamento do recurso do ex-presidente contra a condenação em primeira instância por corrupção passiva e lavagem de dinheiro pelo juiz federal Sergio Moro.
Para o ministro, há mais atenção voltada ao país neste momento. “O grupo está bastante interessado no Brasil. Não só no sentido de estar contemplando oportunidades de investimento, mas também entusiasmado e confiante com as mudanças que estão acontecendo. A diferença em relação ao ano passado é muito grande”, comparou.
Para o ministro da Fazenda, em 2017, existia um interesse pelo Brasil, que começava a dar sinais de melhora. Agora, no entanto, houve uma consolidação da trajetória de recuperação de crescimento, conforme o ministro. Ele salientou que 2017 terminou num ritmo forte de crescimento de 3%.
Questionado sobre projeções mais tímidas feitas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), Meirelles considerou que o órgão é mais conservador, “como deve ser”. “Evidentemente que os analistas brasileiros têm mais informação a respeito e o crescimento pode até superar 3%”, reforçou. Posteriormente, em entrevista a um canal de televisão americano, Meirelles disse que a votação da reforma da Previdência é prioridade e que o fato de estar agendada para o mês que vem, “dá mais tempo para deixar pontos mais claros”.
(foto: Evaristo Sá/AFP)
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