A Secretaria de Estado da Saúde lança a Campanha de Prevenção ao
Envenenamento Infantil. A iniciativa foi apresentada em videoconferência
para as 22 Regionais de Saúde e 122 municípios paranaenses na
segunda-feira (9). O objetivo é alertar pais, responsáveis e cuidadores
de crianças para os perigos potenciais de envenenamento infantil.
“Estamos focados em parcerias para atingir o maior número possível de
pessoas sobre uma situação tão fácil de prevenir, mas que, se não
orientadas, pode trazer sérios prejuízos às nossas crianças. A
palavra-chave aqui é educação em saúde”, diz o secretário estadual da
Saúde, Michele Caputo Neto.
Dados da Secretaria da Saúde mostram que em 10 anos foram notificados
11.051 casos de intoxicação causadas por agentes externos em crianças
de 0 a 12 anos no Paraná. Aproximadamente 8,5 mil desses (77%)
correspondem às intoxicações de crianças até 4 anos de idade.
De acordo com a bióloga da Divisão de Vigilância de Zoonoses e
Intoxicações, Juliana Cequinel, as crianças têm características que as
tornam muito mais vulneráveis aos acidentes. “Crianças até 4 anos são
muito curiosas e têm o hábito de levar objetos estranhos à boca,
aumentando os riscos de envenenamento acidental por ingestão. A
tendência a imitar comportamentos e a incapacidade de prever e evitar
situações de perigo também são características que propiciam a
intoxicação”, diz.
Produtos de higiene e limpeza, plantas, agrotóxicos e,
principalmente, medicamentos são os principais responsáveis por
intoxicações, e a maior parte ocorre dentro de casa (90%). “Por serem
coloridos, os medicamentos ficam parecidos com balas e doces, atraindo
os pequenos. Flores como o copo-de-leite também podem ser tóxicas e
causar acidentes. Os responsáveis devem estar sempre atentos para que as
crianças não tenham acesso a essas substâncias”, acrescenta Juliana.
SINTOMAS – Os venenos podem penetrar pela pele,
olhos, respiração e, sobretudo, pela boca. Dentre os sintomas mais
comuns do envenenamento estão dor; vômito; convulsão; diarreia;
paralisia; respiração difícil; confusão mental; mudança na cor dos
lábios; sensação de queimação na boca, garganta ou estômago; entre
outros.
Em caso de envenenamento não se deve provocar vômito ou fazer
respiração boca a boca; se o contato for pelos olhos, lavar com bastante
água durante pelo menos 15 minutos e procurar com urgência o serviço de
saúde. Quando for ao médico, levar a embalagem do produto, medicamento
ou parte da planta que a criança teve contato.
A bióloga também lembra que os efeitos dos venenos podem não ser
imediatos. “Se encontrar produtos perigosos abertos, observe atentamente
a criança. E também é importante ficar atento aos animais de estimação,
que também podem sofrer envenenamento”, diz.
Para outras dúvidas e informações, o Centro de Controle de Envenenamento do Paraná atende pelo 0800 41 0148 em plantão 24 horas.
FONTE: SESA
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