Uma curiosa história ocorrida na cidade de Santo Antônio da Platina ganhou as redes sociais
desde o último fim de semana, quando foi compartilhada pelo técnico
eletricista João Neto, de 57 anos, funcionário de uma distribuidora de
energia. Em um relato intitulado “Ainda bem que você veio”, o
trabalhador narra no Facebook sua visita à casa de uma família humilde,
com o objetivo de desligar a eletricidade por falta de pagamento.
Chegando
ao local, Neto teria sido informado pela moradora que só poderia pagar a
conta no dia 9, data em que receberia seu salário. Ele, então,
retrucou: “Mas hoje é dia 9”. “Sério?”, questionou ela. “Sério, e se a
senhora pagar hoje é só pedir a religação que antes das 6 eu volto”,
aconselhou ele.
Antes de sair, o trabalhador teria sido abordado
por três crianças, que lhe pediram 1 real. Sem moedas no bolso, ele
teria entregue uma nota de 5 reais ao menino e pedido que dividisse o
dinheiro com suas irmãs. Ao fim da tarde, ao constatar que a conta fora
paga, o trabalhador voltou à casa para reestabelecer a energia. “Eu
tinha o dever de devolver luz para aquela criançadinha, era, para mim, o
momento da redenção”, lembra. E foi aí que a parte mais “atípica” da
história se deu.
“Ao ouvir o barulho da camionete,
todos saíram eufóricos. O menino (Eugênio) vem até mim e diz, todo
alegrinho: ‘Ainda bem que você veio!’”. Neto pensou, então, que o garoto
estivesse feliz pela volta da luz. “Só que não… Ele abre sua mãozinha
suja e suada e exclama:toma seu troco!”.
Surpreso
com a devolução de uma nota de 2 reais, Neto explicou ao menino que o
dinheiro era para ele e suas irmãs. O garoto, sem entender nada, teria
reagido: “Mas não era 1 real pra cada um?”. Emocionado, o trabalhador
fez questão de manter a doação e disse ter sido “o maior exemplo de
honestidade e responsabilidade que já tinha visto na vida”,
principalmente “num momento em que nosso país vive uma monstruosa crise
moral”.
Ao site EXAME, Neto disse que sempre faz relatos sobre seu cotidiano nas redes, mas que nunca tinha visto tamanha repercussão. “Não esperava, estou assustado!” O trabalhador ainda disse que pretende lançar um livro com as situações mais marcantes de seu dia-a-dia.
FONTE: Revista Exame
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