Incêndios florestais preocupam municípios

O tempo seco associado à baixa umidade do ar em setembro tem contribuído para o aumento expressivo das ocorrências de incêndio florestal atendidas pelo Corpo de Bombeiros no Norte Pioneiro. Conforme apurou a reportagem da FOLHA, somente na região de Santo Antônio da Platina o número de atendimentos mais que dobrou (115%). Entre os dias 1º e 15 de setembro do ano passado, a corporação atendeu 43 solicitações, enquanto em 2017 foram 93 ocorrências.

A estatística engloba os 22 municípios atendidos pelo Corpo de Bombeiros de Santo Antônio da Platina. De acordo com o comandante da unidade, tenente Jefferson Gregório, as causas mais comuns para a origem das ocorrências desta natureza estão na falta de cuidados essenciais, como: não limpar terrenos com a utilização de fogo, não jogar lixo e bitucas de cigarro nas estradas e terrenos baldio e não soltar balões ou fazer fogueiras, pois tudo isso associado ao tempo seco aliado à falta de chuva resulta em grandes danos ambientais e à saúde. "O melhor cuidado é a prevenção", adverte.
Para o oficial, o ideal seria fortalecer as legislações municipais com penas mais severas aos donos de terrenos baldios que não promovem a manutenção adequada nos respectivos espaços, pois segundo avalia, o problema contribui significativamente para o aumento das ocorrências desta natureza. "Os incêndios florestais causam prejuízos ao meio ambiente e também à saúde. Nas vegetações, eles podem causar a perda de biodiversidade, contribuindo para o desequilíbrio florestal, erosão do solo, além de problemas econômicos quando ocorrido em áreas de produção agrícola", explica o comandante dos bombeiros salientando. "Nesta época do ano as doenças respiratórias também aumentam, e os incêndios potencializam os riscos de agravamento dos problemas causados ao organismo", alerta.
Na semana passada, um incêndio criminoso de grandes proporções atingiu o Parque Ambiental de Santo Antônio da Platina. Brigadistas da prefeitura e militares do Corpo de Bombeiros levaram mais de seis horas para combater as chamas, que segundo o diretor municipal do Meio Ambiente, José Ricardo Arruda, consumiu cerca de dois hectares de mata nativa no Morro do Bim. "Foi registrado um boletim de
Ainda na semana passada, outro incêndio de grandes proporções atingiu uma área particular no Morro do Cruzeiro, também em Santo Antônio da Platina. As chamas devastaram aproximadamente sete hectares de eucaliptos.


FONTE: Luiz Guilherme - Especial para o Jornal Folha de Londrina

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