Os 106 hospitais de pequeno e médio porte do Paraná
recebem R$ 2,6 milhões mensais da Secretaria Estadual da Saúde para
custeio de serviços prestados à população. Eles integraram à terceira
fase do Hospsus, programa de apoio aos hospitais públicos e
filantrópicos.
“Este investimento amplia o atendimento hospitalar
em todo Paraná”, destacou o secretário Michele Caputo Neto. Segundo ele,
desde a implantação do Hospsus em 2011, o Estado já destinou mais de R$
700 milhões ao custeio de hospitais deste porte, o que tem garantido
resultados expressivos, como a ampliação de leitos gerais e de UTI.
“Os incentivos criados pelo Estado têm regras e
metas. Não se trata de mesada, mas de recursos públicos aplicados para
custear e ampliar serviços aos nossos cidadãos”, disse Caputo Neto. A
Secretaria de Saúde identificou mais 76 hospitais que podem receber
recursos estaduais, mas precisam aderir ao Hopsus. Com a adesão deles, o
aporte mensal pode subir para R$ 4,5 milhões mensais.
Três fases - Dos 106 hospitais já credenciados na
terceira fase do programa, 86 são públicos municipais e 20
filantrópicos. Os valores repassados variam de R$ 10 mil a R$ 60 mil
mensais. Hospitais até 15 leitos recebem R$ 10 mil por mês; de 16 a 30
leitos, R$ 20 mil; de 31 a 50 leitos, R$ 30 mil. As unidades que possuem
entre 51 e 100 leitos só podem participar do programa caso estejam em
localizados em cidades com até 50 mil habitantes.
A primeira fase do programa, em 2011, foi dirigida a
hospitais de alta complexidade e maternidades que atendem gestantes de
alto risco. A segunda fase foi lançada no início de 2013 com a
estratégia de qualificação do parto, voltada a hospitais e maternidades
que atendem gestantes de risco habitual e intermediário.
A terceira fase entrou em funcionamento no final de
2013 para atender aos pequenos hospitais, na maioria públicos
municipais. O apoio estadual oferece uma solução a estas instituições
que, muitas vezes, possuem dificuldades em se manter, dando a elas uma
nova vocação. Além do repasse de recursos, o Estado oferece apoio e
consultoria para que os hospitais se adaptem às regras do programa e
garantam a contrapartida à sociedade.
Linhas de atuação - Cada hospital pode optar por uma
das três linhas de atuação: priorizar a atenção materno-infantil,
aderindo à Rede Mãe Paranaense; atuar como Centro de Atenção
Psico-Social, na área de atendimento de saúde mental; ou fortalecer seu
atendimento de urgência e emergência.
“Aumentar a capacidade de atendimento dos pequenos
hospitais é uma forma de evitar a sobrecarga das instituições de maior
complexidade, que estão concentradas nos grandes centros. Esse apoio
fortalece toda rede hospitalar”, afirmou o diretor do Paraná Urgência,
Vinícius Filipak.
“Este recurso do Estado ajuda muito a equilibrarmos
as contas. Os hospitais públicos representam cerca de 80% dos gastos com
saúde que temos na região. Graças a esta e outras iniciativas da
Secretaria de Saúde e do Governo do Estado vamos poder ajudar muito mais
a população”, enfatizou Damasceno.
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