O preço da gasolina e do diesel não para de subir. A Petrobras anunciou o
terceiro reajuste apenas na primeira semana de setembro. No dia 1º, a
petroleira reajustou nas distribuidoras em 0,8% o preço do litro do
diesel e 4,2% o litro da gasolina. No dia seguinte, mais um reajuste
4,4% no diesel e 2,7% na gasolina. Para hoje, 5, está previsto mais um
reajuste no diesel de 0,1% e na gasolina de 3,3% o litro. A soma para
esse início de setembro eleva mais de 10% o preço da gasolina. O preço
nas bombas já chegou a R$ 4,12 o litro da gasolina e a R$ 3,06 o diesel.
A estatal justifica seu último reajuste em suas refinarias, após o
furacão Harvey fechar refinarias nos Estados Unidos e levar a uma
disparada nos valores de referência do combustível na semana passada.
Segundo a Petrobras, o novo reajuste foi decidido por seu Grupo
Executivo de Mercado e Preços (GEMP), convocado quando há necessidade de
reajustar os combustíveis em mais de 7% para cima ou para baixo em um
único mês.
Em nota, na semana passada, o Sindicato dos Revendedores de Combustíveis
e Lojas de Conveniências do Estado do Paraná (Sindicombustíveis-PR)
anunciou que é contrário a esta sequência de aumentos promovidos pela
estatal, pois, penalizam a todos – consumidores, donos de postos e
sociedade em geral. “Relembramos ainda um ponto importante: os postos
compram os combustíveis das empresas distribuidoras, e não diretamente
das refinarias. Deste modo, é importante reforçar que altas e baixas
dependem inicialmente do repasse das companhias de distribuição”, disse o
sindicato em um trecho da nota.
Com a variação mais frequente de preços promovida pela Petrobras, tem se
agravado uma situação sobre a qual o Sindicombustíveis-PR já fez
alerta: em geral as tendências de baixa são repassadas pelas
distribuidoras aos postos de forma lenta, em menor escala ou
simplesmente não são repassadas. Por outro lado, quando o viés é de
alta, os acréscimos são rapidamente aplicados pelas empresas de
distribuição e repassados aos postos. “Vale salientar ainda que, diante
do cenário recessivo, a maioria dos postos tem trabalhado com estoques
baixos e reposição diária de produtos”, comentou o sindicato em outro
trecho.
Segundo o frentista Valdeci dos Santos, mais conhecido como Fio, a
situação está cada vez mais difícil, a cada dia se ganha menos, porque o
valor do frete está defasado há oito anos. Segundo ele, para economizar
nas entregas, ele traceja um itinerário para que suas entregas não
consumam muito combustível. “Trabalho como terceirizado de
transportadoras desde 2002 e a cada dia ganhamos menos. Com esses
valores abusivos do combustível, está difícil trabalhar”, lamentou.
Por outro lado, as empresas que prestam serviços de moto-taxi anunciaram
que ainda não há previsão de reajuste, mas caso a gasolina venha a
aumentar ainda mais, o reajuste será estudado para se passar para o
consumidor.
FONTE: Jornal Tribuna do Vale
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