"Estive há alguns dias em seu gabinete oportunidade em que o senhor nos assegurou que votaria a favor da reforma trabalhista, da forma como veio da Câmara (dos Deputados), porque entendia que seria importante para o País. Assim, foi com muito espanto que soube agora que o senhor mudou o seu voto. Isso é verdade senador?", questionou José Eugênio Gizzi, vice-presidente da Fiep (federação das indústrias do Paraná)
Num diálogo no whatsapp com outro dirigente do G8, Alvaro Dias tentou contemporizar a importância do seu voto. "Passou com sobras. Apenas 26 votos contra", disse o senador. "Ok Alvaro, mas você votou contra. Os grupos estão te detonando", diz o empresário ao senador.
Na conversa, Alvaro Dias reage: "estou acostumado. Disse que só votaria favorável se fosse necessário. Eu tenho o dever de fazer a análise estratégica do momento vivido".
O interlocutor devolve: "precisamos conversar. O setor produtivo do Paraná sente-se traído. Os outros senadores (Gleisi Hoffmann, do PT; e Roberto Requião, do PMDB) já sabíamos. Mas contavam (o setor produtivo) com você".
Para o setor produtivo, Alvaro Dias votou contra a reforma trabalhista para não atrapalhar sua pré-candidatura a presidente. Depois de passar por oito partidos, o senador se filiou ao Podemos (ex-PTN) e pretende disputar o Planalto em 2018. "O senhor votou contra os 14 milhões de desempregados no País", reagiu outro empresário nas redes sociais.
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