Audiência pública discute fechamento de zonas eleitorais

Prefeitos, vereadores, representantes de entidades e moradores dos municípios de Abatiá, Jundiaí do Sul e Ribeirão do Pinhal se reuniram em uma audiência pública, na sede do Fórum Eleitoral, na noite de quarta-feira (26) para debaterem o rezoneamento das Zonas Eleitorais, tratado na Resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) N.º 23.520/2017, que determina o remanejamento de zonas eleitorais em todo o território nacional. O resultado da consulta pública realizada na audiência foi unânime pela permanência da zona eleitoral da Comarca de Ribeirão do Pinhal.
O Juiz da Comarca de Ribeirão do Pinhal, Júlio Cesar Vicentini e Promotor de Justiça, José Paulo Montesino Gomes da Silva, esclareceram os termos da resolução do TSE que trata do rezoneamento, tirar dúvidas e conhecer a opinião dos presentes. O Juiz Vicentini, como representante da Justiça Eleitoral da Comarca, relatou que encaminhou um ofício para apresentar os termos estruturais e as possíveis consequências que a extinção da 82ª Zona Eleitoral causará para os municípios envolvidos uma vez que encontram-se em situação bastante distinta dos grandes centros. “Extinguir o atendimento neste fórum eleitoral representará um grande prejuízo para população porque eleitores e possíveis candidatos a cargos eletivos teriam que percorrer grandes distâncias para resolver questões com a Justiça Eleitoral”, ressaltou o Juiz.
O Promotor de Justiça considera a medida trará uma perda de direitos. “Vamos dar dez mil passos para traz no processo que nos últimos anos vem sendo realizado para aproximar a Justiça Eleitoral da população e combater as fraudes eleitorais”, afirmou Montesino.
O processo de recadastramento biométrico atingiu 82% dos 21 mil eleitores da zona eleitoral, que segundo a Resolução do TSE está abaixo do mínimo de eleitores para uma zona eleitoral. Entretanto, como destaca Vicentini a mudança prejudicaria muitos eleitores, que em sua maioria não possuem condições financeiras, ou tem problemas de saúde e locomoção que acarretaria na inviabilidade de acesso aos serviços da Justiça Eleitoral.   
As opiniões dos presentes convergem para o que foi apresentado pelo Juiz e pelo Promotor de Justiça, ressaltando vários pontos que podem prejudicar a população se não for revertida o que determina essa resolução. 

FONTE: Priscila Dutra
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