O diretor para a América Latina da “Google for Education”,
Rodrigo Pimentel, disse hoje (21), na Câmara dos Deputados, aquilo que
ninguém mais contesta: que inovações tecnológicas em sala de aula podem
ajudar a melhorar o interesse e o desempenho dos alunos na escola.
Segundo ele, porém, é necessário, antes, discutir o papel da tecnologia
na aprendizagem tendo como premissa o olhar do aluno e as habilidades
que serão exigidas dos futuros profissionais e cidadãos.
Pimentel falou durante o ciclo de palestras
“Educação em Debate”, promovido pela Frente Parlamentar da Educação do
Congresso Nacional com o apoio da Comissão de Educação da Câmara dos
Deputados e da TV Câmara.
Há nove anos, a Google começou a desenvolver
plataformas tecnológicas e equipamentos para servir de ferramentas a
professores e alunos. “A iniciativa foi para atender à demanda de
professores que se diziam desafiados por alunos que chegavam com
respostas prontas do Google. Começamos, então, a desenvolver ferramentas
leves e gratuitas para tornar a sala de aula mais interessante”,
lembrou.
DESAFIO - Pimentel reconhece que as novas
tecnologias representam um grande desafio para profissionais de Ensino.
“A escola quer e precisa ser inovadora, mas não sabe como. Os números
oficiais indicam que 50% dos alunos brasileiros desistem de estudar
antes de terminar o Ensino Médio. Eles chegam nessa fase da aprendizagem
completamente perdidos. Apesar da crise, da falta de recursos, não
podemos deixar de aproveitar a oportunidade para resolver os problemas
agora”, sustentou o executivo da Google.
Para ele, a motivação dos alunos tem impacto
direto na capacidade de retenção. “No lugar do sábio no palco, o aluno
precisa é de um guia ao lado. Esse é o modelo”, sugeriu. Ele deu como
exemplos de sucesso na aplicação das tecnologias oferecidas pelo Google o
Centro Universitário Tiradentes, em Alagoas, e o Centro Universitário
de Excelência (Eniac), em Guarulhos (SP).
FERRAMENTAS DE COLABORAÇÃO – Pimentel explicou
que as ferramentas do Google são completamente gratuitas: “É só baixar
na Internet, mas precisa saber o que se quer para saber como usar”. A Google for Education
disponibiliza gratuitamente um pacote de ferramentas para colaboração
em sala de aula - Classroom, Gmail, Google Drive, Calendar, Vault, Docs,
Sheets, Forms, Slides e Sites.
Com 20 milhões de usuários no Mundo, o Google
Classroom (ou Google Sala de Aula) foi criado com professores e alunos
para facilitar a comunicação da turma, acompanhar o progresso dos alunos
e permitir que professores e alunos atinjam resultados melhores juntos.
A ferramenta funciona como uma central de controle de turmas, que
distribui tarefas e envia avaliação.
EXPEDIÇÕES VIRTUAIS – Outra plataforma gratuita
disponibilizada é o “Expedições”, já usada por dois milhões de
estudantes. Com o Google Expeditions, os professores podem levar os
alunos em viagens virtuais e imersivas. Ele permite que o professor seja
um "guia" para mostrar aos alunos coleções de imagens em 360° em 3D,
destacando pontos de interesse diversos, como Machu Picchu, Antártida,
Estação Espacial Internacional, recifes de corais ou a superfície de
Marte.
Sucesso também no Mundo, com dois bilhões de
usuários finais, é o aplicativo Cloud Platform, com o qual
desenvolvedores podem criar, testar e implantar aplicativos na
infraestrutura do Google.
A empresa desenvolveu também tablets dirigidos
para uso em sala de aula. São os Chromebooks, dispositivos criados para
reduzir o custo total de propriedade e que custam a partir de US$ 219.
Os alunos podem compartilhar um único dispositivo e ter uma experiência
personalizada. É possível fazer a configuração em minutos e gerenciar 10
ou 10.000 dispositivos de forma centralizada em uma escola, um distrito
ou uma região.
MATEMÁTICA – O presidente da Frente da Educação,
deputado Alex Canziani (PTB-PR), que presidiu a palestra, propôs
estimular o Ensino da Matemática usando os aplicativos da Google For Education.
E lançou um desafio - fazer chegar as Olimpíadas de Matemática para os
alunos do 5° ano Ensino Fundamental, como forma de envolver as escolas
municipais.
O deputado Pedro Fernandes (PTB-MA) questionou o
uso de livros didáticos em papel, que levam ao desperdício de recursos
públicos, já que muitas vezes perdem rapidamente a atualidade dos
conteúdos e são descartados.
Já o deputado Angelim (PT-AC) considerou a
palestra desafiadora e criticou o conformismo dos agentes públicos com
as dificuldades enfrentadas. Também presente na palestra, a deputada
Pollyana Gama (PPS-SP) lembrou que, como professora, sempre se sentiu
desafiada pelas novas tecnologias. “Diante do novo, há um sentimento
natural de insegurança entre os profissionais. Com essas novas
ferramentas surgirá necessidade de se enfrentar essas dúvidas”,
concluiu.
FONTE: Assessoria Alex Canziani
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