O Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da
União (CGU) anunciou ontem que cancelou o pagamento de R$ 9,32 bilhões
em benefícios sociais e previdenciários nos últimos 12 meses. A
suspensão de pagamentos indevidos ocorreu após ações de auditoria,
fiscalização e revisão de regras de programas sociais, informou a pasta
em comunicado. As informações são d'O Globo.
Segundo a CGU, o pente-fino por irregularidades em auxílios-doença e
aposentadorias por invalidez gerou uma economia de R$ 4,5 bilhões em
pagamentos no INSS. Também houve economia de R$ 2,2 bilhões no Benefício
de Prestação Continuada (BPC), R$ 1,6 bilhão no seguro-defeso do
pescador artesanal e R$ 1,02 bilhão no Bolsa Família.
Para fiscalizar o cumprimento dos critérios utilizados dos programas
sociais, a CGU faz um cruzamento das informações declaradas pelos
beneficiários em várias bases de dados governamentais, como a Relação
Anual de Informações Sociais (Rais), o Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged), o Sistema de Controle de Óbitos (Sisobi), além do
INSS e do Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos
(Siape), entre outras fontes.
Em maio deste ano, o Congresso confirmou o pente-fino em benefícios do
INSS proposto pelo governo. O Senado aprovou a medida provisória editada
pelo Palácio do Planalto que autorizou as revisões em auxílios-doença e
aposentadorias por invalidez, que tenham sido concedidos há mais de
dois anos.
O pente-fino nos benefícios do INSS é uma das medidas do ajuste fiscal
do governo, criado ainda no ano passado. O Executivo considera que
muitos desses benefícios não passaram por revisão e podem estar sendo
pagos indevidamente, aumentando os gastos da União. O INSS fez, ao todo,
125 mil perícias. Dessas, 80% dos benefícios foram cortados.
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