Comerciante solicita CPI para apurar supersalários na Prefeitura
O comerciante de Quatiguá, Oslei Ieger, protocolou na Câmara de Vereadores de Quatiguá uma solicitação de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar o pagamento de “supersalários” pagos a alguns servidores concursados da prefeitura do município. O documento mobilizou os nove vereadores da Câmara Municipal da cidade. Na noite de quarta-feira (18) eles se reuniram para discutir o assunto e decidiram que antes de acatar ou negar o pedido é preciso avaliar a folha de pagamento da prefeitura e verificar se realmente há discrepâncias.
Segundo o presidente da Câmara, Chriystian Coser, foi protocolado na quinta-feira (18) um requerimento solicitando a situação de todos os servidores, cargos, salários e gratificações. “A prefeitura já sinalizou verbalmente que vai nos atender. Com esse documento, poderemos avaliar se a denúncia do comerciante tem fundamento”, comentou salientando que em caso positivo, será aberta uma CPI para apurar as irregularidades.
O que se sabe sobre esse assunto é que o ex-prefeito Efraim Bueno de Moraes, em sua última gestão, elaborou e aprovou no legislativo, um plano de cargos e carreira aos servidores de Quatiguá. Esse plano já foi contestado, inclusive, pela vereadora Leila Salvi, na época em que ela substituiu o prefeito Fernando Dolenz, que havia sido afastado do cargo para apuração de supostas irregularidades no hospital São Vicente de Paulo.
Leila recorreu ao Ministério Público alegando que o Plano de Cargos e Carreiras do ex-prefeito Efraim tinha o objetivo de beneficiar correligionários políticos dele, porém, o MP arquivou a denúncia alegando não ter encontrado irregularidades no Plano. A ex-prefeita chegou a recorrer, mas não conseguiu provar sua tese.
Segundo uma fonte que preferiu não se identificar, o problema dos salários dos servidores é que alguns deles - os mais antigos- beneficiados pelo Plano de Carreira passaram a ter vencimentos altos por terem incorporado em seus salários gratificações e prêmios relativos a quinquênios e outros benefícios específicos a servidores públicos. “Tem servidor que ganha muito mais que um secretário municipal (hoje recebendo cerca de R$ 3 mil bruto), e quando chega o final do ano, somando ao 13º, eles acabam ganhando um valor muito alto”, contou a fonte ressaltando que os altos salários estão incidindo negativamente no índice prudencial da folha de pagamento, que é de 52% sobre o orçamento anual do município. “Tem servidor ganhando R$ 7 e até R$ 10 mil por mês”, concluiu.
Para contornar o problema, a prefeita Adelita Parmezan já elaborou um projeto de lei que, se aprovado, altera a forma de pagamento das gratificações, que deverão ser calculadas em valores fixos e não por meio de porcentagem sobre o salário.
FONTE: TANOSITE
FOTO: Antônio Picolli
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